1511 | A Trajetória do Ensino da Oncologia na Formação do Enfermeiro no Brasil: Uma Reflexão. | Autores: Regina Braga Costa (reginabc78@gmail.com) (Universidade Federal de Alagoas) ; Célia Alves Rozendo (Universidade Federal de Alagoas) ; Janaína Paula Calheiros Pereira Sobral (Universidade Federal de Alagoas) ; Janyne Aline Correia de Lima (Universidade Federal de Alagoas) ; Suderlande da Silva Leão (Universidade Federal de Alagoas) ; Linda Concita Nunes Araújo (Universidade Federal de Alagoas) |
Resumo: Introdução: Atualmente o câncer ocupa a segunda causa de morte por doença no Brasil.1 Considerando o cenário epidemiológico brasileiro desde a década de 80, alguns esforços do Ministério da Saúde (MS) foram direcionados para o ensino da oncologia nos cursos da área de saúde, incluindo a enfermagem.2 Objetivo: Refletir acerca da trajetória do ensino da oncologia na formação do enfermeiro no Brasil, considerando aspectos relevantes para sua inserção nos currículos de enfermagem. Metodologia: Trata-se de um estudo reflexivo com análise embasada na experiência das autoras e na literatura sobre o ensino da oncologia nos cursos de enfermagem no Brasil. Resultados: Estudo diagnóstico que revelou deficiência no ensino da oncologia nas escolas de enfermagem, conduziu em 1988 à criação de uma Comissão Nacional para o Ensino da Cancerologia e elaboração de uma proposta curricular pautada na transversalidade e interdisciplinaridade.2 Entre 1992 e 1997 foram observados alguns avanços significativos no ensino da oncologia a partir de iniciativas do MS, tais como, realização de seminários, publicações e formação de grupos de estudo e pesquisa.2,3,4 Após esse período, houve um distanciamento das instituições envolvidas no processo e outros estudos reiteraram diagnósticos anteriores.2 Após 2009 não houve mais estudos diagnósticos. Discussão: Possíveis motivos para a descontinuidade deste movimento são: aposentadoria, necessidade de titulação como exigência da carreira acadêmica, dedicação ao ensino de pós-graduação e ausência de regulamentação pelas instituições de classe e nas Diretrizes Curriculares Nacionais. Conclusão: É inegável que o ensino na graduação em enfermagem deve ser norteado pelo perfil epidemiológico do país e região de atuação, sendo fundamental que as instituições de ensino retomem as discussões sobre o processo de inserção de conteúdos de oncologia na graduação, tendo como foco principal a promoção à saúde e prevenção. Contribuições para a enfermagem: Sensibilizar as escolas de enfermagem para uma reorientação do ensino na graduação. Descritores: Oncologia, Educação em enfermagem, currículo.
Referências: 1. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análises de Situação em Saúde. Saúde Brasil 2013: uma análise da situação de saúde e das doenças transmissíveis relacionadas à pobreza. 384 p., 2014. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/.../saude_brasil_2013_analise_situacao_saude.pdf / Acesso em 20 de abril de 2016. 2. GUTIÉRREZ, M.G.R. et al. O ensino da cancerologia na enfermagem no Brasil e a contribuição da Escola Paulista de Enfermagem - Universidade Federal de São Paulo. Texto Contexto Enferm, v.4, n.18, p. 705-12, 2009. 3. GUTIERREZ, M.G.R, et al. O ensino da cancerologia nos cursos de graduação em enfermagem: por que e para quê? Rev. Bras. Cancerol. v.1, n. 39, p. 11-20, 1993. 4. GUTIERRÉZ, M.G.R. et al. Estudo complementar sobre o ensino da Cancerologia nos cursos de graduação em Enfermagem. Ver. Bras. Cancerol. v.3, n.41, p.189-95, 1995. |