1449 | Análise do panorama epidemiológico da mortalidade materna no estado de Alagoas no período de 2010 a 2015 | Autores: Mileyse da Silva Acã¡cio (miliacacio@gmail.com) (UFAL) ; Silvana Lourenço da Conceição Borges (UFAL) ; Ana Paula de Lima Almeida (UFAL) ; Clódis Maria Tavares (UFAL) |
Resumo: Introdução:O Brasil ainda permanece com o reflexo de país em desenvolvimento, possuindo um índice alto de problemas na gestação e puerpério, problemas tais que, em sua maior parte, são evitáveis (VIANA,2011). Razão de mortalidade materna no Brasil no período analisado foi de 57,3 óbitos maternos por 100000 nascidos vivos. Alagoas é um estado com baixos índices de desenvolvimento humano (IDH), o que contribui para a continuação dos óbitos maternos. Objetivo: Analisar o panorama da mortalidade materna no estado de Alagoas no período de 2010 a 2015. Metodologia:Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, com abordagem quantitativa, tendo como unidade de análise o estado de Alagoas, no período de 2010 a 2015. Foram utilizados dados da base de informação em saúde disponível no departamento de informática do SUS - DATASUS. Resultados: Durante o período foram notificados 199 óbitos maternos, sendo 154 deles por causa diretas e as complicações relacionadas à eclâmpsia são as principais causas de morte materna. A razão de mortalidade materna em Alagoas no período analisado foi de 62,66. A faixa etária mais acometida pelos óbitos foi a de 20 a 29 anos (37,7%), seguido da faixa etária de 30 a 39 anos (33,16%), a raça mais afetada foi a raça parda (73,87%) e as mulheres solteiras (48,24%) lideram no número de óbitos,o que corrobora com os dados encontrados por Portela et al (2015) no estado do Maranhão e com o estudo de Ferraz e Bordignon (2012). Conclusão: Apesar dos avanços no país em relação à monitorização dos casos, planejamento e implementação de políticas públicas e redução da mortalidade materna, ainda há muito a ser realizado para que estes índices venham a ser reduzidos e a subnotificação seja diminuída. É importante que os profissionais de enfermagem se sensibilizem com a situação e busquem prevenir a ocorrência de novos óbitos. Decs: Mortalidade materna; epidemiologia; políticas públicas
Referências: FERRAZ, L.; BORDIGNON, M. Mortalidade materna no Brasil: uma realidade que precisa melhorar. Revista Baiana de Saúde Pública, v. 36, n. 2, p. 527-538, 2012. PORTELA, N. L. C.; ARAÚJO, N. J.; MONTE, L. R. S. Mortalidade materna no estado do Maranhão no período de 2006 a 2010. R. Interd. v. 8, n. 3, p. 75-82, jul. ago. set. 2015. VIANA, R.C; NOVAES,M.R.C.G; CALDERON,I.M.P. Mortalidade Materna - uma abordagem atualizada. Com. Ciências Saúde - 22 Sup 1:S141-S152, 2011. |