1446 | CRIOTERAPIA NA PREVENÇÃO DA MUCOSITE ORAL INDUZIDA POR QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA: UMA REVISÃO DE LITERATURA | Autores: Milena Melgaço Melo (milenamelgaco1@gmail.com) (Universidade Federal do Ceará) ; Andrea Bezerra Rodrigues (Universidade Federal do Ceará) ; Maria Isis Freire de Aguiar (Universidade Federal do Ceará) ; Renata Cruz do Nascimento (Universidade Federal do Ceará) ; Gabrielle Amaral de Figueiredo (Universidade Federal do Ceará) ; Ana Kely de Sousa Matos Gadelha (Universidade Federal do Ceará) |
Resumo: INTRODUÇÃO: A quimioterapia antineoplásica ocasiona efeitos colaterais, como a mucosite oral (MO). Esta pode causar ulcerações, dor, hemorragia, interferindo na nutrição, fala e higiene oral, com aumento do risco de infecção, desnutrição, e até suspensão do tratamento. Uma possibilidade de intervenção é a crioterapia oral que resulta em diminuição da exposição da mucosa oral ao fármaco. OBJETIVO: Identificar os principais achados na literatura científica sobre a utilização de crioterapia como prevenção de MO associada ao tratamento quimioterápico. METODOLOGIA: Realizou-se revisão nas bases SCIELO, LILACS, PUBMED, CINAHL e SCOPUS utilizando os descritores "Chemotherapy", "Mucositis", "Cryotherapy" por meio do operador booleano AND. Os critérios de inclusão foram: artigos publicados entre 2011 e 2017, nos idiomas inglês, português e espanhol e o de exclusão foi não disponível gratuitamente. RESULTADOS: Foram analisados 14 artigos, sendo a maioria (78%) identificada na base de dados PUBMED e no idioma inglês. Desses, 57% dos estudos eram experimentais controlados e randomizados, 36% revisões e 7% estudo observacional. Do total, 64% estudou a crioterapia aplicada a pacientes pré transplante de medula óssea, e 22% utilizaram crioterapia em pacientes em uso de 5-fluorouracil. A crioterapia oral reduziu significativamente a incidência de MO, sua duração e severidade principalmente entre o 7º ao 14º dia, bem como a necessidade do uso de nutrição parenteral total associada, o tempo de hospitalização e uso de analgésicos. CONCLUSÃO: A crioterapia oral de baixo custo e fácil acesso se mostrou benéfica nos estudos, reduzindo o surgimento e a intensidade da MO. CONTRIBUIÇÕES PARA A ENFERMAGEM: Esforço máximo deve ser direcionado na capacitação de profissionais de saúde para implementação da crioterapia com intuito de reduzir a MO em pacientes sob tratamento quimioterápico, proporcionando melhor qualidade de vida e redução de complicações.
Referências: REFERÊNCIA: ERDEN Y; IPEKCOBAN G. Comparison of efficacy of cryotherapy and chlorhexidine to oral nutrition transition time in chemotherapyinduced oral mucositis. European Journal of Cancer Care, 2016. |