1423 | PROTAGONISMO DA ENFERMAGEM DE UMA CENTRAL DE MATERIAL: UMA ANÁLISE DO PERFIL SOCIOPROFISSIONAL E SAÚDE | Autores: Marize Barbosa Silva (enfambs@yahoo.com.br) (Escola de Enfermagem Anna Nery/UFRJ) ; Regina Célia Gollner Zeitoune (Escola de Enfermagem Anna Nery/UFRJ) |
Resumo: Introdução: Recorte da dissertação de mestrado intitulada "A invisibilidade do trabalho do Centro de Material e Esterilização e a saúde do trabalhador de enfermagem". O trabalho da Central de Material (CME) é demarcado por condições histórico-socioculturais de invisibilidade. Entretanto, o ritmo de trabalho intenso exige profissionais de enfermagem com empenho intelectual, físico e emocional, pois o setor é diretamente responsável pelo controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. Objetivos: conhecer e analisar características sociolaborais e saúde dos trabalhadores de enfermagem do CME. Método: estudo qualitativo, descritivo, exploratório realizado no CME de um Hospital Universitário no Rio de Janeiro, com 52 participantes enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem. Obteve-se os dados sociolaborais e de saúde através de questionário, submetidos à análise estatística descritiva. Resultados: verificou-se expressividade do sexo feminino (75,0%), coadunando com o histórico protagonismo feminino na enfermagem, profissão que tem o cuidado ao ser humano como objeto de trabalho; idade entre 50 - 59 anos (44,2%); 53,8% possuíam o ensino médio completo, correlatos ao número de técnicos em enfermagem (61,5%); 63,4% possuía mais de 15 anos de formação. 50% atuavam mais de 10 anos no CME, conferindo-lhes maior domínio dos processos de trabalho. 69,2% participantes foram remanejados de outros setores, reiterando que o CME é uma unidade que, geralmente, recebe profissionais readaptados. Considerações finais: É necessária a elaboração de estratégias à percepção do trabalhador de enfermagem do CME sobre sua identidade laboral, autonomia, saúde e importância do seu protagonismo. Contribuições: propiciar futuras investigações sobre a temática discutida, ampliar a reflexão acerca do profissional do CME, contribuindo para sua visibilidade no coletivo hospitalar.
Referências: Referências COBBOLD, A. Exploring the perceptions of sterile services staff: a qualitative constructivist study. Association for Perioperative Practice;25(9):160-168. sep. 2015. |