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Anais :: 69° CBEn • ISSN: 2318-6518
Resumo: 1281


1281

A UTILIZAÇÃO DO PARTOGRAMA NA MONITORIZAÇÃO DO TRABALHO DE PARTO

Autores:
Karine de Melo Cezar Alves (karine.demelo@hotmail.com) (Universidade Federal de Alagoas) ; Tâmara Silva de Lucena (Universidade Federal de Alagoas) ; Ramon José Leal de Morais (Universidade Federal do Vale de São Francisco) ; Amuzza Aylla Pereira dos Santos (Universidade Federal de Alagoas) ; Jovânia Marques de Oliveira E Silva (Universidade Federal de Alagoas) ; Isabel Comassetto (Universidade Federal de Alagoas)

Resumo:
Introdução: A Organização Mundial de Saúde orienta sobre as práticas obstétricas que devem ou não ser utilizadas durante assistência ao parto, dentre as práticas, está o monitoramento cuidadoso do progresso do trabalho de parto através do uso do partograma, pois este representa um verdadeiro gráfico da evolução do trabalho de parto. Objetivo: analisar o preenchimento do partograma realizado por profissionais que prestam assistência ao trabalho de parto em um hospital escola referência materno- infantil do Vale do São Francisco. Método: estudo descritivo documental, retrospectivo e transversal de abordagem quantitativa, realizado por meio da análise de 191 prontuários de parturientes assistidas na Instituição no ano de 2015. Resultados: 40,6% dos prontuários tinham registro de abertura do partograma, a análise das variáveis verificadas no momento da abertura do partograma permitiu identificar que 99,5% foram iniciados na fase ativa do trabalho de parto. Apesar de um bom registro na sua abertura, os dados mostram que o processo de monitoramento do trabalho de parto ainda é pouco eficaz, pois 59,2% tiveram apenas um único registro. 62,8% dos partogramas foram abertos e preenchidos por enfermeiros e 27,7% foram por médicos. Conclusão: a utilização do partograma como uma boa prática obstétrica ainda é pouco utilizado nesta maternidade, faz-se necessário considerar seu registro como uma ferramenta no monitoramento do trabalho de parto para promover uma assistência adequada como recomenda o Ministério da Saúde. Contribuições/ Implicações para a Enfermagem: A Enfermagem Obstétrica está cada vez mais inserida nas salas de parto, focando num cuidado mais humanizado, em busca de proporcionar a mulher uma assistência de qualidade. Os profissionais que acompanham a parturiente durante o trabalho de parto precisam ser sensibilizados para que possam perceber a importância da utilização e passem a realizar o preenchimento do partograma, a fim de que haja um melhor acompanhamento. Descritores: Parto, trabalho de parto, parto humanizado, registros médicos.


Referências:
1.Organização Mundial de Saúde. Recomendações para o aumento do trabalho de parto: Destaques e principais mensagens das recomendações globais de 2014 da Organização Mundial da Saúde. [Internet} 2015. [acesso 10 jul 2017]; Disponível em:http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/174001/5/WHO_RHR_15.05_por.pdf 2.Vasconcelos KL, Martins CA, Mattos DV, Tyrrel MAR, Bezerra ALQ, Porto J. Partograma: instrumento para segurança na assistência obstétrica. Rev Enferm UFPE [Internet]. 2013. [acesso em 10 jul 2017]; 7(2):619-24. Disponível em: http://www.revista.ufpe.br/revistaenfermagem/index.php/revista/article/view/3717 3.Ministério da Saúde. Humanização do parto e do nascimento (Cadernos HumanizaSUS; v. 4) [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde, 2014 [acesso em: 10 jul 2017]. Disponível em:http://www.redehumanizasus.net/sites/default/files/caderno_humanizasus_v4_humanizacao_parto.pdf 4.Sousa AMM, Souza KV, Rezende EM, Martins EF, Campos D, Lansky S. Práticas na assistência ao parto em maternidades com inserção de enfermeiras obstétricas, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Escola Anna Nery. [Internet]. 2016. [acesso 10 jul 2017]; 20(2). Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ean/v20n2/1414-8145-ean-20-02-0324.pdf 5. Andrade PON, Silva JQP, Diniz CMM, Caminha MFC. Fatores associados à violência obstétrica na assistência ao parto vaginal em uma maternidade de alta complexidade em Recife, Pernambuco. Rev. Bras. Saúde Materno Infantil. [Internet]. 2016. [acesso em 15 jul 2017]; 16 (1): 29-37. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-38292016000100029