1238 | O PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM DO HOSPITAL GERAL FRENTE À REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE MENTAL | Autores: Jéssica do Nascimento Rezende (jessiiica_rezende@hotmail.com) (IPUB/UFRJ) ; Rosa Gomes dos Santos Ferreira (2. Doutoranda em Enfermagem (EEAN-UFRJ). Enfermeira do Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro.) ; Luzimar Aparecida Borba Paim (Mestre em Enfermagem. Professora FASE-Petrópolis.) ; Rogeria Maria Silva do Nascimento (Mestre em Enfermagem (EEAN-UFRJ).) ; Debora Ribeiro Cardoso (Mestre em Enfermagem (EEAN-UFRJ)) ; Maria Angélica Almeida Peres (Professora Associada. Escola de Enfermagem Anna Nery (UFRJ)) |
Resumo: Introdução: A assistência psiquiátrica fundamentava-se na segregação das pessoas com transtornos mentais, da sociedade, pela internação no manicômio, espaço de confinamento e repressão. Hoje, este arquétipo é criticado e repensado, emergindo modelos assistenciais que fortalecem a clínica da saúde mental. A Lei nº 433/2011 estabelece que existam, nos hospitais gerais do Rio de Janeiro, leitos para tratamento dos portadores de transtorno mental. Porém, o cumprimento desta legislativa não garante que a sociedade, os profissionais destes hospitais e a assistência prestada, estejam preparados e organizados para a atuação em saúde mental nestes cenários. Objetivos: Descrever a implantação do atendimento em Saúde Mental no Hospital Geral, Discutir a assistência de enfermagem dirigida a tal clientela, neste cenário. Metodologia: Revisão da produção científica em português, sob formato de texto completo, na Biblioteca Virtual em Saúde, recorte 2011-2017, sob conjugação dos descritores "Enfermagem", "Saúde Mental", "Hospital Geral". Resultados: Identificamos cinqüenta e sete produções, apontando que a internação em hospitais gerais, oferece benefícios em relação aos hospitais psiquiátricos, reduzindo o estigma, atentando para aspectos extraordinários ao transtorno psíquico que podem acometer o usuário. O atendimento desta população em hospital geral emerge da Reforma Psiquiátrica e a enfermagem compreende que os leitos psiquiátricos nos hospitais gerais, são forma de humanização aos portadores de transtornos mentais. Conclusão: O papel do hospital geral na rede de atenção à saúde mental atende à Reforma, pelo princípio da integralidade e equidade. Mas ainda há dificuldades, tais como, a falta de qualificação profissional, o modelo biomédico hospitalar, deficiência do trabalho multiprofissional, manutenção do estigma. Contribuições para a enfermagem: A produção do cuidado integral aos pacientes com transtorno mental internados no hospital geral, em decorrência de um problema de saúde é um desafio para esses serviços e consiste num tema pouco discutido, no âmbito das políticas públicas e na academia.
Referências: 1. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Secretaria de Atenção à Saúde. Legislação em saúde mental: 1990-2004 / Ministério da Saúde, Secretaria-Executiva, Secretaria de Atenção à Saúde. 5ª ed. ampl. Brasília: Ministério da Saúde, 2004. 2. LARROBLA, C.; BOTEGA, N.J. Hospitais gerais e filantrópicos: novo espaço para a internação psiquiátrica. Ver. Saúde Pública. 2016. 3. http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=492005 4. PAES, M. R.; SILVA, T. L.; CHAVES, M. M. N.; MAFTUM, M. A. O papel do hospital geral na rede de atenção à saúde mental no Brasil. Cienc Cuid Saude 2013 Abr/Jun; 12(2):407-412. |