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Anais :: 69° CBEn • ISSN: 2318-6518
Resumo: 1218


1218

Avaliação do histórico familiar de risco em mulheres jovens acometidas por Acidente Vascular Cerebral

Autores:
Izabel Cristina de Souza (izabelsouza@alu.ufc.br) (Universidade Federal do Ceará) ; Adman Câmara Soares Lima (Universidade Federal do Ceará) ; Karízia Vilanova Andrade (Universidade Federal do Ceará) ; Escolástica Rejane Ferreira Moura (Universidade Federal do Ceará) ; Priscila de Souza Aquino (Universidade Federal do Ceará)

Resumo:
Introdução: A avaliação do histórico pessoal e familiar para risco de Acidente Vascular Cerebral (AVC) é importante, uma vez que demonstra chances aumentadas da ocorrência desse evento. Os antecedentes familiares, considerados fatores de risco não-modificáveis, devem considerados durante a escolha do método anticoncepcional, especialmente anticoncepcionais hormonais combinados (AHC). Objetivo: Verificar associação entre histórico familiar de risco para AVC e sua ocorrência entre usuárias e não usuárias de AHC. Metodologia: Estudo observacional de coorte ambidirecional. Coleta de dados ocorreu de outubro de 2015 a outubro de 2016 em três hospitais públicos de Fortaleza, Ceará. A população correspondeu a mulheres em idade fértil acometidas por AVC e internadas nos hospitais supracitados, perfazendo 105 sujeitos. As participantes foram divididas em dois grupos: G1U (usuárias de AHC antes do AVC) e G2NU (não utilizavam AHC). Pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Ceará, parecer: 1.282.922. Resultados: As variáveis analisadas de histórico familiar de risco foram: AVC, aneurisma e trombose venosa profunda. O aneurisma apresentou associação com o uso de AHC, apresentando diferença estatisticamente significativa entre os grupos G1U e G2NU AHC (p=0,015), tendo o G1U 10,5% de histórico familiar de aneurisma, enquanto o G2NU não apresentou antecedente familiar para este fator de risco. Os demais fatores não apresentaram associação estatística. Conclusões: Estudos demonstram maior prevalência de aneurismas cerebrais e ruptura em mulheres, o que as predispõem a um AVC hemorrágico. Considerando a influência genética, o risco de se desenvolver AVC é maior naquelas que utilizam AHC. Contribuições ou implicações para a enfermagem: É necessário que o enfermeiro aproprie-se de conhecimentos que subsidiem sua prática, especificamente nas consultas de planejamento reprodutivo, não desprezando queixas e valorizando os antecedentes pessoais e familiares, pois podem fornecer informações que alterarão o plano terapêutico, por consequência, a assistência de enfermagem.


Referências:
MORO, C.H.C.; FÁBIO, S.R.C.; LONGO, A.L.; MASSARO, A.R.; OLIVEIRA FILHO, J.; VEDOLIN, L.; FRIEDRICH, M.A.G.; et al. Programa de aperfeiçoamento continuado no tratamento do acidente vascular cerebral: PACTO AVC. Sociedade Brasileira de doenças cerebrovasculares, 2ª ed., 2009. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE (OMS) Medical eligibility criteria for contraceptive use. 5ª ed. 2015.