1160 | HISTÓRIA VIVENCIADA POR UMA MULHER SUBMETIDA AO TRATAMENTO DO CÂNCER CÉRVICO-UTERINO | Autores: Gabriellen Caroline Araújo de Lima (gabriellenlima@hotmail.com) (Centro Universitário Cesmac) ; Luana de Cerqueira Ferreira (Centro Universitário Cesmac) ; Klísia Araújo de Melo Mendonça (Centro Universitário Cesmac) ; Vanessa Almeida de Mello (Centro Universitário Cesmac) ; Thycia Maria Gama Cerqueira (Centro Universitário Cesmac) ; Raíssa Fernanda Evangelista Pires dos Santos (Centro Universitário Cesmac) |
Resumo: O Câncer do Colo do Útero (CCU) é considerado um problema de saúde pública devido a sua alta incidência e taxas de mortalidade1. O objetivo desta pesquisa é descrever a história de uma mulher que vivenciou o CCU. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva-exploratória, utilizando a história oral de vida, autorizada pelo Comitê de Ética e Pesquisa, sob o parecer consubstanciado n°1.210.731. Composta por um único sujeito: mulher, diagnosticada e submetida ao tratamento do CCU, maior de 18 anos. A análise da entrevista teve como referencial o modelo teórico de Elisabeth Kübler-Ross. JRG, 44 anos, sexo feminino, diagnosticada com CCU aos 22 anos, na primeira consulta de rotina, curada 03 anos depois. O tratamento foi a conização e quimioterapia, onde relatou o quão foi difícil, pois não tinha disciplina, não acreditava na cura e não aceitava o tratamento. Entrou num quadro depressivo e continuou o tratamento pela insistência da família. Os sentimentos da mulher com câncer variam de acordo com a fase em que se encontra. No diagnóstico e decorrer do tratamento, os anseios são perda e luto, ao aproximar-se do final, passam a experimentar alegria e alívio, ocasionados pela cura2. As fases do luto, são: negação, isolamento, raiva, barganha, depressão, aceitação3, onde as pacientes reagirão dependendo da personalidade, estilo e modo de vida. Em ralação as consequências clínicas da quimioterapia, a qualidade de vida é um ponto fundamental a uma paciente que é submetida a tratamentos invasivos doloridos, visto que as repercussões fisiológicas são múltiplas e tornam a mulher sensível, emocionalmente e psicologicamente, pois muda a aparência, interfere no cotidiano, trabalho, família e sociedade4. Conclui-se que a partir da história oral de vida é possível reconhecer as alterações biopsicossociais ocorridas na vida de uma mulher com CCU, para uma assistência à saúde da mulher. pautada na integralidade.
Referências: 1. SILVA, Maria Regina Bernardo. O Conhecimento, a Atitude e a Prática de Mulheres na Prevenção do Câncer de Colo Uterino em uma Unidade Básica de Saúde na Zona Oeste, Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2010. 2. KUBLER- ROSS, K. E. Sobre a Morte e o Morrer. 7 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1996. 3. OLIVEIRA, C. et al. Câncer e imagem corporal: Perda da identidade feminina.Rev. René. Ceará, v. 11, número especial, p. 53-60, 2010. 4. MATTOS,C. et al. Percepção da mulher frente ao diagnóstico e tratamento do câncer do colo do útero - Subsídios para o cuidado de enfermagem. Rev. Pró-univerSUS. v.5,n1,p5-35, 2014. |