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Anais :: 69° CBEn • ISSN: 2318-6518
Resumo: 1141


1141

Atividades avançadas de vida diária entre idosos: fatores relacionados.

Autores:
Fernanda Resende Rodrigues (fernandaresende1@hotmail.com) (UFTM) ; Fernanda Lemos Lazarini (UFTM) ; Flavia Aparecida Dias (UFTM) ; Gianna Fiori Marchiori (UFTM) ; Juliana Maciel (UFTM) ; Darlene Mara dos Santos Tavares (UFTM)

Resumo:
Atividades avançadas de vida diária entre idosos: fatores relacionados. Introdução: A redução de atividades sociais e de lazer e a alteração na sua qualidade pode indicar declínio funcional futuro1. Os estudos não têm descrito os fatores preditores de diminuição nas atividades avançadas de vida diária (AAVD). Objetivos: Descrever o nível de atividade nas AAVD; identificar a mudança entre os níveis de atividade segundo os grupos de melhora, estabilidade, piora; identificar as AAVD interrompidas mais frequentemente; identificar as variáveis preditoras das mudanças nos níveis de AAVD após dois anos. Metodologia: Inquérito domiciliar longitudinal realizado na área urbana do município de Uberaba-MG. A amostra foi obtida por técnica de conglomerado em múltiplo estágio, totalizando 353 idosos, participantes nos anos de 2014 e 2016. Os instrumentos utilizados foram: Mini Exame de Estado Mental2; caracterização dos dados socioeconômicos e morbidades construído pelo Grupo de Pesquisa em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM); AAVD3,4. Este projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa/UFTM protocolos nº573.833 e nº493.211. Resultados: No primeiro momento prevaleceu o sexo feminino; 60+69 anos; renda individual mensal de um salário mínimo; residindo acompanhados. Identificou-se maior percentual para idosos no grupo de piora (41,1%) seguido de melhora (37,7%) do nível das AAVD. As atividades interrompidas com maior freqüência, em ambos momentos, foram desempenhar trabalho remunerado e ir a eventos culturais. A melhora no nível de AAVD esteve relacionada à renda individual mensal de até um salário mínimo (ß=2,59), à condição de não fragilidade (ß=4,93) e pré-fragilidade (ß=3,21); no grupo de piora, residir só foi o único preditor (ß=2,63). Conclusão: Os idosos que moram só apresentaram mais chance de diminuição das AAVD e aqueles com menor renda e não frágeis ou pré-frágeis, aumento. Contribuições para a enfermagem: Identificar os preditores das AAVD pode contribuir para o planejamento das ações em saúde direcionadas aos fatores que apresentam maior impacto. Descritores: Idoso; atividades cotidianas; participação social.


Referências:
1- Dias, EG, et al. As atividades avançadas de vida diária como componente da avaliação funcional do idoso. Rev de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo, 2014; 25 (3): 225-32. 2- Bertolucci, PHF, et al. O Mini-Exame do Estado Mental em uma população geral: impacto da escolaridade. Arquivos de Neuropsiquiatria, 1994; 52(1): 1-7. 3- Pinto, JM; Neri, AL. Chronic diseases, functional ability, social involvement and satisfaction in community-dwelling elderly: the Fibra study. Ciência & Saúde Coletiva,, 2013; 18(12): 3449-60. 4- Ribeiro, LHM; Neri, AL. Exercícios físicos, força muscular e atividades de vida diária em mulheres idosas. Ciência & Saúde Coletiva. 2012; 17(8): 2169-80.