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Anais :: 69° CBEn • ISSN: 2318-6518
Resumo: 1127


1127

Hanseníase: Vulnerabilidade programática dos contatos

Autores:
Erica de Alencar Rodrigues Neri (ericaarneri@hotmail.com) (Universidade Federal do Piauí) ; Olívia Dias de Araújo (Universidade Federal do Piauí) ; Telma Maria Evangelista de Araújo (Universidade Federal do Piauí) ; Alberto Novaes Ramos Júnior (Universidade Federal do Ceará) ; Márcio Dênis Medeiros Mascarenhas (Universidade Federal do Piauí) ; Lidya Tolstenko Nogueira (Universidade Federal do Piauí)

Resumo:
INTRODUÇÃO: A hanseníase ainda é um problema de saúde pública. A assistência integral com qualidade é hoje uma estratégia para o enfrentamento da hanseníase, com foco no exame de contatos. OBJETIVO: Analisar as dimensões de vulnerabilidade programática relacionadas à hanseníase entre contatos intradomiciliares de pessoas acometidas e sua interface com a detecção de casos novos. MÉTODO: Estudo transversal, censitário, realizado em Floriano/PI, entre julho/15 e julho/16 com 516 contatos de hanseníase, dos quais 407 contatos intradomiciliares, 109 contatos sociais. Os dados foram analisados com a utilização do Statistical Package for the Social Science (SPSS), versão 20.0 e R-Projc, versão 3.0.2. Realizaram-se análises univariadas e bivariadas (razão de prevalência bruta, teste qui-quadrado de Pearson e exato de Fisher). Para explicar o efeito conjunto das variáveis sobre os desfechos, utilizou-se a Regressão de Poisson Múltipla, com razão de prevalência ajustada. O critério para inclusão de variáveis no modelo logístico foi a associação ao nível de p?0,200 na análise bivariada, e, para significância, associação em nível de p?0,05. RESULTADOS: A maioria dos participantes foi do sexo feminino (64,1%), pardo/negro (78,6%), ensino fundamental (47,2%), renda inferior a um salário mínimo. Foram suspeitos de casos de hanseníase 56 pessoas, confirmando-se 15 casos (2,9%), 80,0% contatos intradomiciliares e 20,0% sociais. Predominou a forma indeterminada (46,6%), com classificação operacional paucibacilar (90%). O grau I de incapacidade física no diagnóstico estava presente em 53,3%. Na associação das dimensões da vulnerabilidade programática com os casos detectados entre os contatos intradomiciliares foi estatisticamente significante os motivos que dificultaram a realização do exame dermatoneurológico (p=0,02). CONCLUSÃO: Na relação com a educação em saúde, a dimensão programática nos orienta a situar a educação em saúde para além do caráter normativo. Conhecer a vulnerabilidade programática permite avaliar o programa além da qualidade e compromisso da gestão e enfermeiros.


Referências:
FILHO,M.M.; GOMES, C.F.L. Preconceito e conhecimento sobre hanseníase: a situação do agente comunitário de saúde. Revista BIOETHIKOS - Centro Universitário São Camilo -;8(2):153-160. 2014. Disponível em: . Acesso em: 19 set. 2016. MOREIRA, A.J.; NAVES, J.M.; FERNANDES,L.F.R.M.; CASTRO, S.S.; WALSH,I.A.P.Ação educativa sobre hanseníase na população usuária das unidades básicas de saúde de Uberaba-MG. Saúde debate [Internet]. Disponível em:. Acesso em: 19 jul. 2016. SOUZA, S. N. D. H.; MELLO, D. F.; AYRES, J. R. C. M. O aleitamento materno na perspectiva da vulnerabilidade programática e do cuidado. Cad. saúde pública, v. 29, n. 6, p. 1186-1194, 2013. Disponível em:.. Acesso em: 28 mai. 2016. MEYER, D.E.E.;MELLO,D.F.; VALADÃO, M.M.; AYRES,J.C.R.M. "Você aprende. A gente ensina?"Interrogando relações entre educação e saúde desde a perspectiva da vulnerabilidade Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 22(6):1335-1342, jun, 2006. Disponível em: . Acesso em: 23 mar. 2016.