1099 | ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NO CUIDADO AO PACIENTE PSIQUIÁTRICO: UMA QUESTÃO DE PRÁTICA | Autores: Elaine Antunes Cortez (nanicortez@hotmail.com) (Universidade Federal Fluminense) ; Marcos Eduardo Pereira de Lima (Universidade Federal Fluminense) ; Danieli Bello Chimer da Silva (Universidade Federal Fluminense) ; Geilsa Soraia Cavalcanti Valente (Universidade Federal Fluminense) ; Aline Figueiredo Ferreira (Universidade Federal Fluminense) ; Adriana Cortez Marcellos Fernandes (Universidade Federal Fluminense) |
Resumo: Introdução: A enfermagem historicamente foi entendida como uma profissão que possuía liberdade para manipular os corpos de quem cuidava, sem permissão ou vínculo, realizava intervenções e procedimentos a fim de trazer bem-estar e conforto da pessoa que se apresentava doente. Na psiquiatria tradicional, a enfermagem no espaço do manicômio já era inserida como sendo uma categoria profissional que isolava, vigiava e punia a pessoa com transtorno mental. O cuidado em si era com a realização de contenções químicas e físicas de forma indiscriminadas, onde o tratamento era totalmente desumanizado. Objetivo: Conhecer os avanços da enfermagem na área da Saúde Mental. Metodologia: Trata-se de um estudo de reflexão teórica, de abordagem qualitativa, com referencial a política nacional de saúde mental. Resultados: Com o início da Reforma Psiquiátrica brasileira na década de 1980, o cuidado para com a pessoa mentalmente doente começou a mudar. O modelo de cuidado passou a ser realizado tendo em vista a reinserção desta pessoa na sociedade e a partir disso, modelos de atenção foram formados a fim de atender a demanda da pessoa com transtorno mental fora do hospital. A enfermagem passou a realizar cuidados visando assegurar uma prática assistencial de qualidade ampliada respeitando o sujeito como cidadão que foi privado de viver em sociedade. Atualmente a enfermagem que integra a equipe multiprofissional em diversas frentes investindo nos serviços substitutivos do hospital psiquiátrico, construindo espaços onde há afeto, vínculo, escuta encontro de famílias e da equipe, e o cuidado especializado a quem possui sofrimento psíquico. Conclusão: O modelo assistencial da enfermagem na psiquiatria vem sofrendo mudanças ao longo dos anos, sobretudo, após a Reforma Psiquiátrica. Partindo desse princípio a enfermagem vem desenvolvendo práticas assistências inovadoras e humanizadas que contribuem para a qualidade e eficácia do cuidado em saúde mental. Contribuições ou implicações para a Enfermagem: A prática assistencial psiquiátrica já é uma realidade, mas ainda ocorre de forma lenta, é preciso que todos possam compreender que são agentes de mudança.
Referências: Brasil. Lei n. 10.216, de 06 de abril de 2001. Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 09 abr. 2001. Vilella, S. C. et al. A enfermagem e o cuidar na área de saúde mental. Rev. bras. enferm. [online]. 2004 Disponível em: http://www.scielo.br/scieloOrg/php/reference.php?pid=S0034-71672004000600022&caller=www.scielo.br&lang=en Acessado 10 de julho de 2017. |