1027 | Síndrome Metabólica em pacientes que vivem com o HIV/Aids | Autores: Christefany Régia Braz Costa (christefany.enf@hotmail.com) (Universidade de São Paulo (USP)) ; Elizabete Santos Melo (Universidade de São Paulo (USP)) ; Marcela Antonini (Universidade de São Paulo (USP)) ; Giselle Juliana de Jesus (Universidade de São Paulo (USP)) ; Layze Braz Oliveira (Universidade de São Paulo (USP)) ; Renata Karina Reis (Universidade de São Paulo (USP)) |
Resumo: Introdução: Os avanços da Terapia Antirretroviral (TARV) melhoraram a qualidade de vida, suprimiram a atividade viral e aumentaram a longevidade. Porém, algumas toxicidades específicas da terapia foram observadas, incluindo alterações do metabolismo lipídico e glicídico (OLIVEIRA e SILVA, 2014; MUYANJA ET AL., 2016). Objetivos: descrever a prevalência da Síndrome Metabólica (SM) em pessoas que vivem com o HIV/aids. Métodos: estudo descritivo, transversal, realizado em cinco ambulatórios especializados no município do interior paulista, de outubro de 2014 a setembro de 2016. Incluiu-se pacientes que conheciam sua condição sorológica, idade superior a 18 anos de ambos os sexos; em uso de TARV (mínimo seis meses) e com capacidade mínima de compreensão quanto à aplicação dos instrumentos de coleta de dados. Uma amostra por conveniência foi formada por 340 indivíduos. Para coleta de dados foram utilizados instrumento de caracterização sociodemográfica e clínica. Na avaliação da SM foram utilizados os critérios NCEP-ATP III. O projeto foi aprovado pelo comitê de ética sob protocolo nº 794.563/2014. Resultados: dos 340 pacientes entrevistados 57,9% eram do sexo masculino, com média de idade de 44,3 anos, brancos (46,5%), solteiros foram representados com 43,2%, situação de trabalho ativo 56,8%. Além disso, 64,1% declaram-se sedentários, 32,1% tabagistas, 40% etilistas e 31,8% não eram adeptos a alimentação saudável. Hipertensos 15,9%, diabéticos 8,8% e dislipidêmicos 25,9%. A Síndrome metabólica foi constatada em 40,6% dos pacientes. Conclusões: a prevalência de SM foi significativa. Contribuições para a Enfermagem: a infecção pelo HIV requer assistência multi e interdisciplinar, onde destaca-se a atuação efetiva da equipe de enfermagem, no qual tem papel fundamental no controle das IST/aids. A consulta de enfermagem funciona como um instrumento para a orientação e cabe ao enfermeiro apropriar-se da temática com intuito de fortalecimento e mudança da sua prática clínica e qualificação da assistência prestada (MACÊDO et al., 2012).
Referências: MACÊDO, S.M.; SENA, M.C.S.; MIRANDA, K.C.L. Consulta de enfermagem no ambulatório de HIV/AIDS: a percepção dos usuários. Rev Gaúcha Enferm., Porto Alegre, v.33, n.3, p.52-57, set. 2012. MUYANJA, D. et al. High Prevalence of Metabolic Syndrome and Cardiovascular Disease Risk Among People with HIV on Stable ART in Southwestern Uganda. AIDS Patient Care STDS, v.30, n.1, p. 4-10, Jan. 2016. OLIVEIRA E SILVA, A. C. et al. Quality of life, clinical characteristics and treatment adherence of people living with HIV/AIDS. Rev. Latino-Am. Enfermagem, Ribeirão Preto, v.22, n.6, p. 994-1000, nov. 2014. |