1020 | PERCEPÇÃO DE ADOLESCENTES SOBRE SER OBESO | Autores: Caroline Evelin Nascimento Kluczynik Vieira (carolinekluczynik@gmail.com) (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; Marcela Paulino Moreira da Silva (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; Anne Karoline Cândido Araújo (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; Dândara Nayara Azevêdo Dantas (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; Larissa Soares Mariz (União de Ensino Superior de Campina Grande) ; Bertha Cruz Enders (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) |
Resumo: Introdução: A obesidade é um problema com prevalência crescente entre os adolescentes, as estratégias de saúde têm sido direcionadas para Atenção Primária. Nesse contexto, o enfermeiro para planejar sua assistência necessita considerar as experiências vivenciadas pelos adolescentes. Objetivo: Descrever a percepção de adolescentes sobre a experiência de estar com obesidade. Método: Estudo qualitativo e fenomenológico, realizado em março/2016. Sortearam-se quatro escolas estaduais de Natal/RN, em seguida uma turma por escola, classificou-se o estado nutricional dos alunos, aqueles com obesidade foram convidados a participar. Realizaram-se quatro grupos focais, coletaram-se descrições vivenciais de 42 adolescentes, utilizou-se como questões norteadoras: O que significa estar com obesidade? Como é viver com obesidade? Os áudios foram gravados, transcritos e analisados segundo os princípios da fenomenologia de Merleau-Ponty. A pesquisa recebeu aprovação do Comitê de Ética UFRN (Parecer nº1.250.119). Resultados: Para os participantes, estar com obesidade significava que o corpo era diferente do esperado, que consumiram mais alimentos do que o necessário, o que refletia de forma negativa em sua imagem corporal, autoestima, relações sociais e funções fisiológicas do corpo. Assim, ressalta-se a possibilidade de reflexão acerca da significação de ser obeso na perspectiva Pontyana, uma vez que o fenomenólogo considera o corpo como o sujeito da percepção, logo, é a partir dos outros e dos objetos que construímos nosso ser, nossos pensamentos, interligados por tudo que nos envolvem. Conclusão: As experiências vivenciadas e relatadas pelos participantes desvelaram um cenário no qual eles se percebem como diferentes do padrão social esperado, com influência direta na aceitação do próprio corpo e na qualidade de vida. Implicações para enfermagem: O olhar fenomenológico para essas vivências possibilitou identificar que suas necessidades de saúde vão além dos aspectos biológicos, o que pode provocar maior reflexão e corrobora com os conhecimentos e habilidades que compõem a idade profissional da enfermagem. Descritores: Obesidade. Adolescente. Enfermagem.
Referências: Referências: MERLEAU-PONTY, M. Fenomenologia da percepção. Trad. Carlos Alberto R. de Moura. São Paulo:Martins Fontes, 1999. |