Imprimir Resumo


Anais :: 69° CBEn • ISSN: 2318-6518
Resumo: 984


984

VIVÊNCIAS DE ACADÊMICAS DE ENFERMAGEM FRENTE À VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores:
Bruna Brochier Bernardes (brunab.bernardes@hotmail.com) (Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS) ; Aline Jenifer Rocha Fraga (Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS) ; Evelin Wagner Corrêa (Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS) ; Gislaine Machado da Silveira (Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS)

Resumo:
A violência obstétrica existe e caracteriza-se pela apropriação do corpo e processos reprodutivos das mulheres pelos profissionais de saúde, através do tratamento desumanizado, abuso da medicalização e patologização dos processos naturais, perda da autonomia e da capacidade de decidir livremente sobre seus corpos e sexualidade, impactando negativamente na qualidade de vida das mulheres. (SÃO PAULO, 2013). O objetivo do presente estudo é refletir sobre a vivência de acadêmicas de enfermagem em um centro obstétrico da Região Metropolitana de Porto Alegre, frente a situações de violência obstétrica. Trata-se de um relato de experiência sobre a atividade teórico-prática de enfermagem na saúde da mulher e recém nascido, ocorrida durante o período de 03/04/2017 à 19/04/2017. Observou-se situações que estão em desacordo com as boas práticas de atenção ao parto e nascimento (OMS,1996), que muitas vezes acabam desrespeitando os direitos assegurados às mulheres por lei, tais como: tricotomia; realização da manobra de Kristeller; uso liberal e rotineiro de episiotomias, sem consentimento prévio e a devida informação a gestante; restrição ao leito; NPO; não realização do contato pele a pele; banho com menos de 1h de vida; privação do acompanhante logo após o nascimento; verbalizações inadequadas dos profissionais da saúde de forma agressiva e opressiva com as pacientes. A experiência demonstra que a falta de conhecimento das parturientes quanto seus direitos durante o trabalho de parto, parto e pós-parto pode impactar negativamente o olhar desta mulher em relação a maternidade. É nosso dever informar para as pacientes durante o pré-natal sobre os direitos que ela possui, garantidos por lei, para que ela consiga identificar quando estiver passando por um caso de violência e estar preparada para enfrentá-lo.


Referências:
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Boas práticas de atenção ao parto e nascimento. 1996. Disponível em . Acesso em 21 abr. 2017 MINISTÉRIO DA SAÚDE. Rede Humaniza SUS. Caderno humanizaSUS: Humanização do parto e do nascimento. Brasília, v. 4, p. 138-140, 2014. Disponível em . Acesso em 21 abr. 2017 DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Violência obstétrica: você sabe o que é? São Paulo, nov. 2013. Disponível em . Acesso em 21 abr. 2017