953 | Caracterização do processo de readaptação funcional frente à exposição aos riscos ocupacionais. | Autores: Anelise Bertolino Pereira (ane_380@hotmail.com) (Universidade Estadual de Londrina) ; Camila Hidemi Danno (Universidade Estadual de Londrina) ; Julia Trevisan Martins (Universidade Estadual de Londrina) ; Marcia Eiko Karino (Universidade Estadual de Londrina) |
Resumo: Introdução: A Saúde do Trabalhador (ST) é um campo da saúde muito estudado e discutido atualmente. A industrialização e os novos processos de trabalho acarretam em fatores desgastantes como a depressão, ansiedade e solidão, que são potencializadores do processo saúde/doença. Uma das alternativas encontradas para benefício e auxílio ao trabalhador é a readaptação funcional. A ST deve ser umas das prioridades para os serviços de saúde, pois se traduz ainda em muitos casos de licença. Objetivo: Analisar o processo de readaptação funcional frente aos riscos ocupacionais aos quais os trabalhadores encontram-se expostos. Método: Estudo descritivo, exploratório, transversal, com abordagem quantitativa, realizado junto ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho e ao Hospital Escola Público do Norte do Paraná. Realizou-se a partir de um questionário semiestruturado com entrevistas pré-agendadas com os servidores que deram início e permanecem em processo de readaptação funcional no hospital em questão. Resultados: Em relação ao sexo, 29 (72,50%) eram mulheres e a faixa etária predominante foi entre 54-59 anos totalizando 14 (35%) profissionais. Notou-se um domínio da enfermagem, com 25 (62,50%) profissionais. Todos os entrevistados encontravam-se expostos a algum risco ocupacional antes do processo de readaptação e 21 (52,5%) permaneceram com tal exposição após início do processo. Houve predomínio de acometimento do sistema músculo-esquelético com 31 (77,50%). Quanto ao afastamento por problemas médicos, 37 (92,50%) tiveram necessidade. Conclusão: A readaptação é uma medida válida para o aproveitamento dos profissionais, porém nota-se que tal processo é visto como desvalorização do trabalho. Faz necessário maior atenção ao tema, para construção de um processo eficiente e capaz de ofertar condições adequadas aos trabalhadores. Contribuições esperadas: Aumento do conhecimento na área, a fim de motivar novas pesquisas, discussões, iniciativas e avanços na área.
Referências: BRASIL. Lei nº 8080/90. Dispõe sobre as condições para promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o financiamento dos serviços correspondentes e da outras providências. Diário Oficial da União, Brasília/DF, 19 de set. de 1990. BRASIL. Lei 8.112, de 11 de dezembro de 1990. Dispõe sobre o Regime Jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais. Diário Oficial da União, Brasília/DF, 12 de dez. de 1990. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Área Técnica de Saúde do Trabalhador de Saúde do trabalhador. Brasília: Ministério da Saúde, 2001. LACAZ, F. A. C. Política Nacional de Saúde do Trabalhador: desafios e dificuldades. In: LOURENÇO, E. et al. (Org.). O avesso do trabalho II: trabalho, precarização e saúde do trabalhador. São Paulo: Expressão Popular, 2010.p. 199-230. SOUZA, A. R.; MORAES, L. M. P.; BARROS, M. G. T.; VIEIRA, N. F. C.; BRAGA, V. A. B. Estresse a ações de educação em saúde: contexto da promoção da Saúde Mental no trabalho. Rev. RENE. Fortaleza, v. 8, n. 2, p. 26-34, maio./ago.2007. |