Imprimir Resumo


Anais :: 69° CBEn • ISSN: 2318-6518
Resumo: 902


902

Gestão da Rede de Escolas Técnicas do Sistema Único de Saúde (RET-SUS): A construção do apoio institucional e a formação de nível médio em Enfermagem.

Autores:
Alexandre de Souza Ramos Florencio (florencioa@paho.org) (Organização Pan-Americana da Saúde) ; Amanda de Almeida Freitas (Universidade Federal do Rio Grande do Sul)

Resumo:
Um dos maiores desafios no Sistema Único de Saúde (SUS) tem sido inovar as práticas de gestão. A transformação dos modos tradicionais de gerir pessoas, processos de trabalho, recursos e políticas públicas de saúde tem sido foco de trabalho e estudo em diversos contextos do país. A estratégia do Apoio Institucional se insere como dispositivo para uma maior horizontalidade e cooperação nas relações interfederativas. A RET-SUS abriga 21 Escolas Técnicas, 10 Centros Formadores e 09 Escolas de Saúde Pública e é um dos principais atores na formação de trabalhadores de nível médio em Enfermagem, estando presente em quase todos os estados no Brasil. Participa da elaboração de diretrizes nacionais orientadoras dos processos formativos junto ao Ministério da Saúde, com vistas ao desenvolvimento de parcerias para a formação da força de trabalho de nível médio para o SUS. Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo e exploratório através da pesquisa documental como técnica de coleta, com base nos documentos oficiais do Ministério da Saúde sobre Apoio Institucional, tendo por objetivo: analisar a proposta de Apoio e Desenvolvimento das Ações de Nível Médio, com foco ao apoio institucional a Rede de Escolas Técnicas do SUS (2013 - 2016). Os resultados mostram avanços nesta formulação sobre Apoio aos Estados e Municípios com melhores resultados na formação de profissionais de Enfermagem para o SUS, mas também aponta para um processo em construção, com desafios a serem superados. Houve ampliação da prática de gestão e qualificação da relação entre o conjunto de técnicos e dirigentes institucionais, ou seja, novos sujeitos sociais e políticos, e a formação de outras estruturas e disputas de hegemonia. Do ponto de vista teórico e metodológico, o esforço para refletir sobre a experiência de gestão da RET-SUS possibilitou compreender o desafio da produção de ações democráticas no âmbito técnico-político-ideológico promovendo resultados na formação de profissionais para o SUS.


Referências:
1. ALTOÉ. S. René Lourau: Analista institucional em tempo integral. São Paulo: HUCITEC, 2004. 2. CAMPOS, GWS. Um método para análise e co-gestão de coletivos. São Paulo: Hucitec; 2000. 3. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação. Apoio institucional em educação em saúde do Departamento de Gestão da Educação na Saúde. Brasília, 2015. (mimeo). 4. OLIVEIRA, G.N. O apoio institucional aos processos de democratização das relações de trabalho na perspectiva da humanização. Revista Tempus Actas de Saúde Coletiva, v. 6, n. 2, 2012. 5. PEREIRA, N. O apoio institucional no SUS: os dilemas da integração interfederativa e da co-gestão. Campinas, SP : [s.n.], 2013.