848 | ALCOOLISMO NO IDOSO, UM DESAFIO PARA A ENFERMAGEM NA ATENÇÃO BÁSICA. | Autores: Thainara Araujo Franklin (thainarafranklin@hotmail.com) (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia) ; Tito Lívio Ribeiro Gomes do Nascimento (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia) ; Gleide Magali Lemos Pinheiro (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia) ; Alba Benemérita Alves Vilela (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia) |
Resumo: Estima-se que, em 2025, haverá no mundo cerca de 1,2 bilhões de pessoas com mais de 60 anos e, em 2050, este número poderá chegar a dois bilhões. Este estudo teve como objetivo refletir sobre o uso do álcool na população idosa. Trata-se de uma revisão integrativa de estudos a cerca da problemática do uso do álcool em idosos. Foi realizada a partir das bases de dados eletrônicos da LILACS, MEDLINE, CUMED, BDENF e IBECS, publicados no período de 2003 a 2016. Foram detectados 210 artigos, 20 atendiam aos critérios de inclusão. Os materiais pertinentes ao estudo foram submetidos à Análise de Conteúdo, originando duas categorias: O alcoolismo no idoso e Aumento dos fatores de risco no idoso devido ao uso do álcool. Sobre o alcoolismo no idoso, estudos realizados em amostras clínicas evidenciaram um aumento significativo do uso de álcool na população idosa, conforme os indivíduos envelhecem, se tornam mais susceptível a doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), tornando-se as principais causas de morbidade, incapacidade, e mortalidade, relacionadas principalmente ao tabagismo, dieta inadequada, falta de atividade física, consumo abusivo do álcool, entre outros fatores de risco da vida adulta. Na categoria Aumento dos fatores de risco no idoso devido ao uso do álcool, as pessoas idosas apresentam também maiores riscos de lesões e quedas devido ao consumo de álcool, assim como riscos potenciais associados à mistura do álcool com medicamentos. A dependência do álcool coloca os idosos em um maior risco de vulnerabilidade para desenvolver problemas físicos, psicológicos e sociais, que são um desafio para os enfermeiros dentro da atenção básica. Em decorrência do aumento da expectativa de vida, é importante considerar a necessidade de alcançar uma assistência que compreenda o idoso como um ser holístico e integral.
Referências: 1. Laranjeira CASJ. Do vulnerável ser ao resiliente envelhecer: revisão de literatura. Psicologia: Teoria e Pesquisa, Brasília, 23(3), p. 327- 332, Jul-Set 2007. 2. Brasil. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 3.Pinheiro DPN. A resiliência em discussão. Psicologia em Estudo, Maringá, 9(1), p. 67-75, 2004. 4. Kano MY, Santos MAD, Pillon SC. Uso do álcool em idosos: validação transcultural do Michigan Alcoholism Screening Test - Geriatric Version (MAST-G). Rev. esc. enferm. USP [online]. 2014, 48(4), pp. 649-656. 5. BRASIL, Ministério da Saúde.Envelhecimento ativo: Uma politica de saúde. Brasília , DF: Ministério da Saúde, 2005. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/envelhecimento_ativo.pdf. Acesso em 08 de abr. 2016. |