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Anais :: 69° CBEn • ISSN: 2318-6518
Resumo: 782


782

ATENDIMENTO ESPECIALIZADO DE ENFERMAGEM EM PACIENTE COM PÉ DIABÉTICO

Autores:
Raquel Rodrigues dos Santos (rackelsanthos@hotmail.com) (Fundação Municipal de Teresina) ; Sandra Marina Gonçalves Bezerra (Fundação Municipal de Teresina) ; Maria Clara Batista da Rocha Viana (Fundação Municipal de Teresina) ; Ketiana Melo Guimarães (Fundação Municipal de Teresina) ; Maria Lailda de Assis Santos (Hospital Universitário do Piauí) ; Beatriz dos Santos Lima (Universidade Federal do Piauí)

Resumo:
Introdução: A úlcera diabética é uma das principais complicações do Diabetes Mellitus e os impactos socioeconômicos desta doença têm aumentado gradualmente com as complicações crônicas. Essas lesões são consequência da neuropatia, de alterações vasculares periféricas e infecção. Objetivo: Relatar o atendimento especializado de enfermagem em um paciente diabético com lesão no pé. Método: Realizou-se um estudo do tipo caso clínico, no período de julho a novembro de 2016. A paciente assinou um termo de consentimento livre e esclarecido e o caso foi acompanhado por registro fotográfico e impressos próprios. Resultados: Paciente diabético, hipertenso, 74 anos, sexo masculino, aposentado procedente do Parque Piauí, Zona Sul de Teresina-PI, com lesão diabética após amputação do 1º pododáctilo do pé direito no HUT. Admitido em 24 de julho de 2016 consciente, orientado, deambulando com auxílio de bengala, afebril, normotenso, normocárdico, estado nutricional adequado e hiperglicêmico (304mg/dl). Faz uso de anti-hipertensivo e hipoglicemiantes orais. Apresentava ferimento com 45 cm² de área, presença de necrose de liquefação, exsudato intenso, purulento e presença de odor fétido. O tratamento realizado baseou-se no acompanhamento da lesão por estomaterapeuta e limpeza da lesão com irrigação com soro fisiológico abundante. Os curativos realizados foram inicialmente com carvão ativado, metronidazol creme e hidrofibra com prata com a finalidade de promover desbridamento autolítico no leito da lesão, controlar infecção e exsudato. Durante todo o período de tratamento foi monitorado os níveis glicêmicos, utilizado hidratante nos pés e desbaste de bordas. O tempo para cicatrização total da ferida foi 84 dias. Conclusão: O acompanhamento do paciente diabético por equipe de enfermagem sob supervisão do estomaterapeuta foi fundamental para o sucesso do tratamento, redução de danos e educação do paciente sobre a prevenção de futuras complicações. Implicações para enfermagem: A estomaterapia surge como uma qualificação importante para o enfermeiro melhor atender os pacientes com feridas.


Referências:
BOULTON, A. J. M. et al. Comprehensive foot examination and risk assessment: a report of the Task Force of the Foot Care Interest Group of the American Diabetes Association, with endorsement by the American Association of Clinical Endocrinologists. Diabetes Care, New York, v. 31, n. 8, 2008. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Manual do pé diabético : estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica. Ministério da Saúde, 2016. _______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Série A. Normas e Manuais Técnicos. Cadernos de Atenção Primária, n. 30. Ministério da Saúde, 2011. _______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: diabetes mellitus. Ministério da Saúde, 2013.