Imprimir Resumo


Anais :: 69° CBEn • ISSN: 2318-6518
Resumo: 689


689

VIVÊNCIA DE PESSOAS COM DIABETES MELLITUS TIPO 2 ACOMPANHADAS NA ATENÇÃO BÁSICA

Autores:
Maria Teresinha de Oliviera Fernandes (mtofernandes@gmail.com) (Secretaria Municipal de Saúde/Prefeitura de Belo Horizonte) ; Léia Raquel de Resende Moura (Secretaria Municipal de Saúde/Prefeitura de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil.)

Resumo:
INTRODUÇÃO: O diabetes mellitus constitui grande problema para serviços públicos de saúde. A enfermagem na Atenção Básica se desafia nesse acompanhamento na perspectiva de transformações para o bem estar na condição crônica. OBJETIVOS: Compreender como a pessoa com diabetes mellitus tipo 2 vivencia o acompanhamento pela Atenção Básica. Descrever os principais elementos que influenciam no cuidado e tratamento do diabetes de pessoas acompanhadas na Atenção Básica. METODOLOGIA: Pesquisa qualitativa, realizada de novembro a dezembro/14, no Distrito Sanitário Centro Sul de Belo Horizonte. Utilizou-se um questionário para o "perfil socioeconômico" e entrevista semi-estruturada realizada pela pesquisadora em visita domiciliar com ACS. Foram 21 participantes com diagnostico de DM2 e prescrição regular de hipoglicemiantes orais e Insulina. Chegou-se a dois blocos: socioeconômicos com foco na caracterização da amostragem e analise de conteúdo. Respeitaram-se os princípios éticos. RESULTADOS: A assistência apresenta-se médico-centrada, usuários satisfeitos, 28% são idosos de 70 anos, 60% sexo feminino, vida/lazer na comunidade. Emergiram as categorias: tempo de convívio com o DM; corresponsabilização, autonomia, adesão ao tratamento; controvérsias e contradições do autocuidado; acesso e tratamento reduzido a exames, medicamentos, sistema de saúde. O tempo de convívio com o diabetes demonstra que se leva anos para se sensibilizar frente à doença. Influenciam na adesão, compreensão da doença e tratamento, valorização da medicação em detrimento do autocuidado. O desconhecimento ou negação da doença e dos serviços afeta a decisão de procurá-los. CONCLUSÃO: A enfermagem é determinante para ajudar usuários a transporem barreiras em relação ao autocuidado e diversificar metodologias de abordagem/intervenção. As subjetividades devem ser consideradas na adesão ao tratamento como no caso do DM. Práticas de educação em saúde é um desafio para a enfermagem na Atenção Básica, cujo trabalho é encontrar na diversidade a melhor forma de cuidado e autocuidado enquanto força motriz de cidadania e de transformação da sociedade.


Referências:
1. APOSTOLO, J.L.A., et al. Incerteza na doença e motivação para o tratamento em diabéticos tipo 2. Rev. Latino-Am. Enfermagem [online]. 2007, vol.15, n.4, pp. 575-582. Disponível em:< http://www.scielo.br/scielo.php? Acesso em: 14 de Fev. de 2014 2. CYRINO,A.P. A educação para o autocuidado no diabetes: da obediência ao "empoderamento" do portador. In: Entre a Ciência e a experiência: uma cartografia do autocuidado no diabetes. São Paulo: Ed. UNESP, 2009. 3. REINERS, A.A.O., et al. Produção bibliográfica sobre adesão/não-adesão de pessoas ao tratamento de saúde. Ciênc. saúde coletiva [online]. 2008, vol.13, suppl.2, pp. 2299-2306. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/csc/v13s2/v13s2a34.pdf> Acesso em: 14 de Fev. de 2014. 4. TORRES, H.C., et al. Intervenção educativa para o autocuidado de indíviduos com diabetes mellitus. Acta paul. enferm. [online]. 2011, vol.24, n.4, pp. 514-519. Disponível em: . Acesso em: 11 de Dez. de 2014.