665 | BOAS PRÁTICAS DA ENFERMAGEM NO HOSPITAL PSIQUIÁTRICO: A SEGURANÇA DO PACIENTE COMO POLÍTICA DE CUIDADO | Autores: Marcos Eduardo Pereira de Lima (marcosplimma@gmail.com) (Universidade Federal Fluminense) ; Elaine Antunes Cortez (Universidade Federal Fluminense) ; Viviane Lins Araújo de Almeida (Universidade Federal Fluminense) ; Danieli Bello Chimer da Silva (Universidade Federal Fluminense) ; Geilsa Soraia Cavalcanti Valente (Universidade Federal Fluminense) ; Lidiane Peixoto de Almeida (Universidade Federal Fluminense) |
Resumo: Introdução: Na história da saúde mental as práticas do cuidado eram voltadas para medicalização, não pensando quais são os efeitos adversos que a pessoa com transtorno mental sofrerá a curto ou longo prazo. Atualmente com a política de segurança do paciente as instituições de saúde estão se apropriando para inseri-lá nas práticas de trabalho e cuidado. Ela vem sendo discutida em todo mundo por entender que as práticas institucionais precisam ser reavaliadas e discutidas com seus colaboradores, a fim de evitar os eventos adversos evitáveis. Objetivo: Identificar a importância das práticas da enfermagem no contexto da segurança do paciente nos serviços de psiquiatria. Método: Trata-se de um estudo de reflexão teórica, de abordagem qualitativa, sobre o desenvolvimento da política de segurança do paciente no contexto da psiquiatria com referencial teórico Merhry e a política de Educação Permanente. Resultados: A pessoa com sofrimento mental por muitos anos foi tratada como "não humano", uma vez que não possuía as condições necessárias para se viver em sociedade, a enfermagem como os médicos detinham um status de autoridade de decidir quais punições seriam cabíveis ao paciente, seja controlando, punindo e vigiando, porém a partir das discussões das condições de trabalho dos trabalhadores dos serviços de saúde mental e o cuidado prestado ao paciente foi possível reconhecer necessidade de mudança, assim se constituiu a Reforma Psiquiátrica, com vista a reinserir a pessoa com transtorno mental na sociedade e nela ser cuidada. Refletindo a política de educação permanente, o profissional de enfermagem que atua no serviço de saúde mental além de precisar estar em constante atualização, necessita oportunizar reflexões num coletivo de trabalho, visando constituir redes de cuidado que fortalecerão as boas práticas de produção do cuidado. Considerações finais: A implantação da política de segurança do paciente no contexto da saúde mental é um desafio a ser introduzido, mas não impossível. Para tal, é imprescindível que tenhamos espaços de diálogo que promovam a reflexão das práticas do trabalho de enfermagem.
Referências: Brasil. Lei n. 10.216, de 06 de abril de 2001. Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 09 abr. 2001. Merhy, E. Anormais do desejo: os novos não humanos? Os sinais que vêm da vida cotidiana e da rua. In: Conselho Federal de Psicologia. Grupo de Trabalho de Álcool e outras Drogas. Drogas e cidadania: em debate. Brasília, DF: CFP; 2011. |