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Anais :: 69° CBEn • ISSN: 2318-6518
Resumo: 645


645

Papel do enfermeiro frente à violência sexual contra mulheres

Autores:
Lucyelle Gleyce Ferreira Pádua (lucyelle_gleyce@hotmail.com) (Universidade Federal do Amapá - UNIFAP) ; Camila Rodrigues Barbosa Nemer (Universidade Federal do Amapá - UNIFAP) ; Jocileia da Silva Bezerra (Instituto Esperança de Ensino Superior) ; Tamyres Pinheiro Gouveia (Universidade Federal do Amapá - UNIFAP) ; Taina Orara Amaral do Carmo (Universidade Federal do Amapá - UNIFAP) ; Natália Ramos dos Santos (Universidade Federal do Amapá - UNIFAP)

Resumo:
Introdução: a violência sexual contra mulher é considerada um sério problema de saúde pública, caracteriza-se por um ato de violência baseada na diferença de gênero, geralmente praticada como uma forma de demonstração de poder, que pode resultar de um contato sexual não consentido, atos obscenos, sexo forçado na relação conjugal e o impedimento pelo companheiro do uso de métodos contraceptivos. Objetivo: evidenciar o papel do enfermeiro frente à violência sexual contra mulheres. Metodologia: revisão integrativa da literatura realizada a partir da biblioteca virtual em Saúde, utilizando as bases de dados LILACS, BDENF e MEDLINE, na busca pelos descritores: "violência sexual" and "enfermagem" and "mulher". Utilizou-se como critérios de inclusão: artigos que abordassem a temática, apresentando texto completo, publicados entre 2012 a 2016. Resultados: as seguintes categorias sinalizam o papel do enfermeiro: atendimento humanizado e acolhedor à vítima; boa observação e percepção, inclusive das expressões não verbais; prevenções de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), prevenção de uma gravidez indesejada; apoio psicológico e encaminhamento para outros profissionais e órgãos responsáveis. Conclusão: por ocupar uma posição privilegiada na porta de entrada do SUS, o enfermeiro deve ter competências para identificar e ajudar vítimas de violência sexual, atuando não somente como intervencionista nos agravos físicos ou com foco na utilização da contracepção de emergência, mas como agente de promoção da saúde, priorizando aspectos psicológicos destas mulheres, e assim buscar enfrentar as sequelas e disseminação da violência. Estes enfermeiros devem se libertar de estigmas, preconceitos, atitudes discriminatórias, para assim prestar um atendimento humanizado. Implicações para enfermagem: é essencial a ampla qualificação do enfermeiro para o enfrentamento da violência sexual às mulheres, por isso torna-se relevante a abordagem holística em seus atendimentos de forma que venha contribuir para minimização desse grave problema de saúde pública.


Referências:
AGUIAR, Saraiva. O cuidado de enfermagem à mulher vítima de violência doméstica. R. Enfermagem. Cent. O. Min. mai/ago. 2013 CORTES, L.F; PADOIN, S.M.M. Intencionalidade da ação de Cuidar mulheres em situação de violência: contribuições para a Enfermagem e Saúde. Rio de Janeiro. Esc. Anna Nery vol.20 no.4 2016 CORTES, L. et al. Cuidar mulheres em situação de violência: empoderamento da enfermagem em busca de equidade de gênero. Porto Alegre. Rev. Gaúcha Enfermagem. vol.36 2015