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Anais :: 69° CBEn • ISSN: 2318-6518
Resumo: 641


641

Construindo redes de atenção à saúde e reduzindo reinternações desnecessárias

Autores:
Luciano Teixeira Rocha (rocha.luciano@gmail.com) (Ministério da Saúde) ; Analyane C. S. dos Santos (Ministério da Saúde) ; Barbara Mesquita Bueno (Ministério da Saúde) ; Maria da Gloria Lopes dos Santos (Ministério da Saúde) ; Mirian Grayce Motta Guimarães (Ministério da Saúde) ; Dielle Abrantes dos Santos (Ministério da Saúde)

Resumo:
INTRODUÇÃO A melhoria da qualidade de vida e das respostas da biomedicina nos faz viver mais tempo assim como a instalação de doenças crônicas. Os hospitais são de longe a tecnologia mais cara do setor saúde. Uma das respostas sanitárias frente a esta situação está baseada nos processos de desospitalização. Equipe de Apoio à Desospitalização e Educação em Saúde (EADES) do Hospital Federal de Bonsucesso vem desde 2011 identificando pacientes cujo perfil de adoecimento é indicativo de demandas de cuidado a serem continuadas pelas famílias e cuidadores em nível intradomiciliar e construindo Redes de Atenção à Saúde (RAS) para cada paciente acompanhado. OBJETIVO Analisar o impacto que a organização das RAS imprimiu no nº de reinternações no período de 2012 a 2015. METODOLOGIA Trata-se de estudo quantitativo comparativo sobre o número das reinternações dos pacientes acompanhados pela EADES disponíveis nos relatórios de gestão da equipe. Resultados: A EADES acompanhou 174 (2012), 176 (2013), 198 (2014) e 214 (2015) pacientes. Para cada paciente foi organizada uma RAS composta de no mínimo 1 estabelecimento de saúde pública de referência externo ao HFB. Em 2012 houveram 6 reinternações. Em 2013 o número de reinternações dobrou (12). Em 2014 foram apenas 4, uma redução em 60% comparando com o período anterior. Em 2015 foram 3 reinternações; uma redução em 25%. CONCLUSÃO É possível afirmar que a desospitalização em hospital geral é uma ferramenta de racionalização de uso dos recursos hospitalares. Que a organização de RAS garante o atendimento dos usuários do SUS nas esferas primárias e secundárias de atenção, evitando reinternações desnecessárias.


Referências:
NETO, G; MALIK, A. Tendências na assistência hospitalar. Ciência e Saúde Coletiva, v. 12, n. 4, p. 825-839, 2007. Rocha, L. T. "Hospital não, pelo amor!": etnografando processos de desospitalização. 2016. 331f. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva) - Instituto de Medicina Social, UERJ, RJ. SANTOS, Luciana. Mudança no modelo assistencial em saúde mental: desospitalização e fortalecimento de rede. In: FERRREIRA, T. (Org.). Caderno de Saúde Mental 4, v.4. Belo Horizonte: Escola de Saúde Pública de Minas Gerais. 2011. p. 65-75. SANTOS, M. et al. Tendências da morbidade hospitalar por doenças crônicas não transmissíveis no Brasil, 2002 a 2012. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 24, n. 3, p. WHO. The global burden of chronic desease. Disponível em: . Acesso em 11 fev. 2016.