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Anais :: 69° CBEn • ISSN: 2318-6518
Resumo: 503


503

ESCALAS PSICOMÉTRICAS E INSTRUMENTO QUALITATIVO PARA DETECÇÃO DE SINTOMATOLOGIA DEPRESSIVA E COMPORTAMENTO SUICIDA EM POPULAÇÃO GERAL

Autores:
Giovanna Vallim Jorgetto (giovanna.jorgetto@ig.com.br) (Escola Paulista de Enfermagem - Unifesp) ; João Fernando Marcolan (Escola Paulista de Enfermagem - Unifesp)

Resumo:
Enquadramento conceitual: Transtornos do humor são umas das desordens psiquiátricas mais comuns na população geral, sendo responsáveis pela perda de autonomia e agravamento de quadros patológicos preexistentes, destaque para depressão frequente, associada ao maior risco de morbidade e mortalidade, aumento na utilização dos serviços de saúde, negligência no autocuidado, adesão reduzida aos regimes terapêuticos e maior risco de suicídio. Boa parte dos indivíduos depressivos busca auxílio na Atenção Básica, mas pequena proporção tem acesso adequado a tratamentos farmacológicos/outros, encaminhamento aos serviços de saúde mental, principalmente devido à baixa taxa de detecção de transtornos mentais pelos profissionais de saúde, pois não fazem uso de escalas psicométricas nem instrumentos qualitativos para tal. Problema de investigação: Se faz necessário o uso de escalas associadas a instrumentos qualitativos, pois falha em detectar pacientes com níveis leves/moderados favorece agravamento da depressão, com efeitos importantes sobre as atividades de vida. Detecção de casos de depressão tem sido eficaz para diminuir o número de consultas subsequentes, encurtar a duração do episódio depressivo e atenuar os efeitos da depressão a longo prazo e prevenir risco de suicídio. Método: Instrumentos utilizados para detecção de sintomatologia depressiva em população geral são o Inventário de Depressão de Beck II, a Escala de Avaliação para Depressão de Hamilton (HAM-D) e a escala de avaliação para depressão de Montgomery & Asberg (MADRS). Todos os instrumentos citados podem ser aplicados por profissional de saúde qualificado para tal e devem estar associados ao uso de instrumentos qualitativos, em geral compostos por dados sociodemográficos, histórico pessoal e de doença na família, antecedentes de depressão/comportamento suicida e questões norteadoras sobre percepção da sintomatologia depressiva, sofrimento psíquico e fatores de risco e proteção da mesma. Resultados: IDB - II revelou-se instrumento com alta confiabilidade (0,86) e boa validade quando comparado com o diagnóstico realizado por profissionais. Escala de HAM-D é a mais aceita e usada no âmbito mundial, se tornou o padrão-ouro para avaliação da gravidade da sintomatologia depressiva, escalas desenvolvidas posteriormente são comparadas a ela quanto à confiabilidade e à validade, incluindo medidas de evolução ou recuperação do episódio depressivo, quando utilizada em associação com a MADRS. Conclusão: Uso de escalas psicométricas associadas a instrumentos qualitativos têm valor cientifico comprovado para detecção de sintomatologia depressiva e comportamento suicida em população geral.


Referências:
Joe, S. et al. (2008). Psychometric properties of the Beck Depression Inventory-II in low-income, African American suicide attempters. J. Pers Assess., 90(5), 521-523. Parrish, B. P., Cohen, L. H., & Laurenceau, J. P. (2011). Prospective relationship between negative affective reactivity to daily stress and depressive symptoms. Journal of Social and Clinical Psychology, 30(3), 270-296. Takayama, Y. et al. (2011). Condition of depressive symptoms among Japanese dental students. Odontology, 99, 179-187. WHO. Global health indicators. World health statistics (2013). Disponivel: . Acesso em: 20 de agosto de 2015.