482 | ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR ENTRE CRIANÇAS MENORES DE UM ANO CADASTRADAS NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA NO NORDESTE BRASILEIRO | Autores: Floriacy Stabnow Santos (floriacys@gmail.com) (Universidade Federal do Maranhão) ; Marcelino Santos Neto (Universidade Federal do Maranhão) ; Felipe César Stabnow Santos (Secretaria de Saúde do Distrito Federal) ; Ana Cristina Teixeira Cyrino Santos (Secretaria de Saúde do Distrito Federal) ; Francisca Jacinta Feitoza de Oliveira (Universidade Federal do Maranhão) ; Jaisane Santos Melo Lobato (Universidade Federal do Maranhão) |
Resumo: A alimentação é um fator de importância para assegurar a existência, o crescimento e o desenvolvimento adequados de uma criança1. A introdução precoce de alimentos complementares eleva a morbimortalidade infantil2. Objetivou-se conhecer a alimentação complementar ingerida por crianças menores de um ano cadastradas na Estratégia Saúde da Família em Imperatriz, Maranhão. Estudo transversal, quantitativo, realizado em 2014, com 854 crianças menores de 1 ano cadastradas na Estratégia Saúde da Família, em Imperatriz, Maranhão. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal do Maranhão parecer 396.621. Os resultados mostraram que entre as crianças menores de 6 meses, 7,9% receberam verduras/legumes, 4,8% carne e 2,3% feijão, 20,6% receberam alimentos adoçados com açúcar, 4,5% iogurte, balas ou chocolates, 3,4% bolachas ou salgadinhos, 2,5% sucos industrializados, 1,1% café, 1,1% refrigerantes. Entre as crianças de 6 a 12 meses, 75,1% receberam verduras/legumes, 70,2% feijão, 63,7% carne, 47,5% bolachas e salgadinhos, 11,9% café, 5,8% refrigerante. Concluiu-se que muitas crianças receberam alimentação complementar precocemente, antes do sexto mês de vida, inclusive usaram alimentos não saudáveis, prática que não traz vantagens nutricionais ao contrário, pode resultar no aparecimento de doenças. Crianças com mais de 6 meses não receberam todos os alimentos que deveriam ingerir. A equipe de enfermagem deve desenvolver ações educativas específicas para saúde no primeiro ano de vida, esclarecendo mitos, crenças, conceitos e práticas alimentares inadequadas.
Referências: 1 Brusco TR, Delgado SE. Caracterização do desenvolvimento da alimentação de crianças nascidas pré-termo entre três e 12 meses. Rev. CEFAC. 2014; 16(3). 2 Torigoe CY, Asakura L, Sachs A, et al. Influência da orientação nutricional nas práticas de alimentação complementar em lactentes. Journal of Human Growth and development. 2012; 22(2):1-11. |