314 | ANÁLISE DOS ATENDIMENTOS DE URGÊNCIA COM SEGUIMENTO PARA INTERNAÇÃO PSIQUIÁTRICA | Autores: Aline Raquel de Sousa Ibiapina (alineraquel8@hotmail.com) (UFPI) ; Lorena Uchoa Portela Veloso (UESPI) ; Georgia Maria Vaz Feitos (UESPI) ; Claudete Ferreira de Souza Monteiro4 (UFPI) ; Fernando José Guedes da Silva Junior (UFPI) |
Resumo: As urgências psiquiátricas podem ser definidas como um estado que necessita de intervenção imediata durante a crise, visando à redução de danos. Objetivou-se analisar os atendimentos de urgência em hospital psiquiátrico de referência do Estado do Piauí no ano de 2014 e sua subsequência internação. Estudo retrospectivo documental, realizado com dados de todos prontuários que evoluíram para internação no período de setembro a dezembro de 2014. Para a análise estatística dos dados utilizou-se o software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 20.0. Foram avaliados 212 prontuários. Observa-se uma média de idade de 34,5 anos (DP 13,2), predominância do sexo feminino (52,4%), ensino fundamental (29,7%), sem benefício de aposentadoria (55,2%), solteiros (60,8%), católicos (89,6%) e raça parda (87,7%). Em 61,3 % dos casos a queixa principal do atendimento de urgência foi a heteroagressividade, seguida pela agitação psicomotora (23,1%) e tentativas de suicídio (6,1%). O tempo de internação apresentou variação de 1-166 dias, com uma média de tempo de internação de 25,4 dias (DP 25). 30,7% faziam uso de álcool e outras drogas (com maior prevalência do crack), e 60,8% dos casos tratava-se de reinternação hospitalar. A análise bivariada mostrou associação significativa entre a variável dependente tempo de internação e as variáveis socioeconômicas sexo e situação conjugal, com média de tempo de internação mais elevado para sexo masculino (31,4 dias) e aqueles que não possuem companheiro (27,6 dias) e a variável clínica reinternação, com média maior de tempo para aqueles foram reinternados (32,6 dias). A análise desses atendimentos permite estruturar, planejar e reorganizar estratégias de cuidados em saúde mental, além de possibilitar ações que venham reduzir o fenômeno da porta giratória, uma vez que as urgências psiquiátricas seguida de internação em ambiente hospitalar psiquiátrico ainda é uma realidade e necessita de visibilidade e discussão. Descritores: Urgência. Saúde Mental. Enfermagem.
Referências: 1. LINO, F. S. et al. Care for elderly mobile emergency service/Assistência ao idoso pelo serviço de atendimento móvel de urgência. Revista de Enfermagem da UFPI, v. 3, n. 1, p. 25-31, 2014. 2. MELO, Z. M. et al. Atitudes e conhecimentos de técnicos de enfermagem sobre cuidados a pacientes com transtornos mentais. Revista Eletrônica de Enfermagem, v. 18, 2016. 3. KONDO, E. H. et al. Abordagem da equipe de enfermagem ao usuário na emergência em saúde mental em um pronto atendimento. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 45, n. 2, p. 501-507, 2011. 4. FERNANDES, M. A. et al. Nursing care to psychiatric patients in a general hospital emergency. Revista de Enfermagem da UFPI, v. 5, n. 2, p. 41-45, 2016. |