275 | EDUCAÇÃO EM SAÚDE DIALÓGICA E TRANSFORMADORA DE ADOLESCENTES ESCOLARES EM UM MUNICÍPIO DO ESTADO DO CEARÁ | Autores: Eduarda Maria Duarte Rodrigues (eduarda_maria13@hotmail.com) (UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI) ; Gláucia Margarida Bezerra Bispo (UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI) ; Edilson Rodrigues de Lima (PREFEITURA MUNICIPAL DE VÁRZEA ALEGRE - CE) ; Camila Almeida Neves de Oliveira (UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI) ; Cristiane Gonçalves Araújo (PREFEITURA MUNICIPAL DE ACOPIARA - CE) |
Resumo: A Educação dialógica participativa tem o potencial de produzir conhecimento, profundamente enraizada de intencionalidade. Vista como ato que comporta o vínculo entre educação e política, recusando a postura exclusiva de comunicação de saberes para o sujeito, capaz de múltiplos potenciais, e assim, gerando transformações no estilo de vida dos usuários. Diante do exposto, objetivou-se identificar a abordagem dialógica e transformadora na prática da educação em saúde desenvolvida pela Estratégia de Saúde da Família (ESF), junto aos adolescentes escolares. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa, realizado com 30 adolescentes de 14 a 19 anos, em um município do interior do Estado do Ceará, tendo sido previamente aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, sob o nº 20110025. Nesta perspectiva, os resultados assinalaram que há predominância da prática pedagógica tradicional, fragmentária, muito mais pelo olhar isolado do profissional e docente, distante do saber popular e experiências do mundo em que estão inseridos os alunos, sendo excluídos os valores culturais, políticos, econômicos, sociais e pessoais destes. Com efeito, se observa ainda que o modelo de Educação em Saúde Dialógica tem como essência o diálogo e a participação como forma de enfrentamento das práticas educativas verticalizadas e hegemonia da transmissão do conhecimento imposto pelos profissionais de saúde. Educação e Saúde constituem espaços de produção e de prática de saberes que promovem o desenvolvimento humano. Evidencia-se pelo presente estudo, a necessidade do diálogo e interação de saberes técnico-científicos e populares compartilhados sobre o processo saúde-doença que estimularão as potencialidades dos adolescentes empoderados de consciência crítica e reflexiva sobre os determinantes sociais do processo saúde-doença. Portanto, pela relevância político-social dos resultados obtidos, esta investigação contribuirá para o aprimoramento da assistência oferecida ao adolescente escolar, mediante uma melhor participação dos profissionais de saúde atuantes na equipe, com ênfase no enfermeiro.
Referências: FREIRE, P. Educação e Atualidade Brasileira. 3. ed. São Paulo: Cortez; Instituto Paulo Freire, 2003. PEREIRA, A. L. F. As tendências pedagógicas e a prática educativa nas ciências da saúde. Cad. Saúde Pública [online]. 2003, vol.19, n.5, pp.1527-1534. |