272 | Dispositivos de participação social que dão voz a usuários na Atenção Primária à Saúde | Autores: Camila da Silveira Santos, Enfermeira, Mestre Em Enfermagem (camilasilveiraufsj@gmail.com) (Universidade Federal de Minas Gerais) ; Danielle de Araújo Moreira, Enfermeira, Mestre Em Enfermagem, Doutoranda Em Enfermagem (Universidade Federal de Minas Gerais) ; Mariana Ferreira Vaz Gontijo Bernardes, Enfermeira, Mestranda Em Enfermagem (Universidade Federal de São João Del Rei) ; Gláucia de Sousa Vilela, Enfermeira, Mestre Em Enfermagem, Doutoranda Em Enfermagem (Universidade Federal de Minas Gerais) ; Cecília Maria Lima Cardoso, Enfermeira, Mestre Em Enfermagem, Doutoranda Em Enfermagem (Universidade Federal de Minas Gerais) ; Maria José Menezes Brito, Enfermeira, Doutora Em Administração Pela Ufmg, Professora Associada da Escola de Enfermagem da Ufmg, Bolsista de Produtividade Em Pesquisa Cnpq. (Universidade Federal de Minas Gerais) |
Resumo: Introdução: A legitimação de dispositivos que promovam a participação e o controle social é essencial para a construção e efetivação de políticas voltadas para os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde, e em favorecimento aos interesses coletivos (KLEBA; ZAMPIRON; COMERLATTO, 2015). Os espaços de discussão e de tomada de decisões são fundamentais, para que a população exerça sua autonomia em relação às ações de saúde (SULTI et al. 2015). Objetivo: Analisar a participação de usuários nas instâncias decisórias no contexto da Atenção Primária à Saúde, na perspectiva de gerentes. Metodologia: Estudo de caso qualitativo, realizado na Atenção Primária à Saúde de Betim-MG, entre setembro-novembro de 2015. Os participantes foram 12 gerentes da Atenção Primária à Saúde. Para a coleta de dados utilizou-se a entrevista semiestruturada. Os dados foram submetidos à análise de conteúdo temática (BARDIN, 2011). O projeto de pesquisa foi aprovado pelos Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (Parecer: 1.174.603) e de Betim (Parecer: 1.192.060). Resultados: Os usuários participam das decisões por meio dos conselhos de saúde, das associações comunitárias, instituições educacionais, religiosas e ouvidoria de saúde. Os gerentes destacam que tais dispositivos são imprescindíveis para a articulação entre o serviço e a sociedade, possibilitando aos usuários exporem suas necessidades de saúde e melhorar a comunicação com os profissionais. Entretanto, os participantes ressaltam a necessidade de a população ser incentivada a participar ativamente das decisões de saúde e ser orientada para tal atuação. Conclusão: Ao compreender a importância da sua participação nas instâncias decisórias, o usuário tem a capacidade de apontar problemas reais do serviço e disponibilizar soluções que de fato atendam suas necessidades, podendo ser agente de mudanças na sociedade e na melhoria da qualidade da assistência em saúde. Descritores: Gestão em Saúde, Participação social, Atenção Primária à Saúde.
Referências: BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: ed. 70, p. 281, 2011. KLEBA, M. E. ZAMPIRON, K.; COMERLATTO, D. Processo decisório e impacto na gestão de políticas públicas: desafios de um Conselho Municipal de Saúde. Saúde Soc. São Paulo, v. 24, n. 2, p. 556-567, 2015. SULTI, A. D. C.; LIMA, R. C. D.; FREITAS, P. S. S.; FELSKY, C. N.; GALAVOTE, H. S. O discurso dos gestores da Estratégia Saúde da Família sobre a tomada de decisão na gestão em saúde: desafio para o Sistema Único de Saúde. Saúde debate, Rio de Janeiro, v. 39, n. 104, p. 172-182, jan/mar. 2015. |