269 | Perfil da violência sexual contra a mulher e do agressor no município de Porto Velho, RO | Autores: Bianca Oyola Bicalho (biancaylbicalho@gmail.com) (Fundação Universidade Federal de Rondônia) ; Kátia Fernanda Alves Moreira (Fundação Universidade Federal de Rondônia) ; Tânia Leal Moreira (Fundação Universidade Federal de Rondônia) ; Davisson Michetti de Oliveira (Fundação Universidade Federal de Rondônia) ; Lerissa Nauana Ferreira (Fundação Universidade Federal de Rondônia) ; Marcos Antônio Sales Rodrigues (Fundação Universidade Federal de Rondônia) |
Resumo: A violência contra a mulher é um problema de saúde pública com proporções epidêmicas no Brasil, embora sua magnitude ainda seja em grande parte invisível. Vale salientar que este problema não pode ser tratado de forma individualizada, visto que permeia toda a sociedade1. O objetivo foi descrever as características da violência sexual, bem como o perfil do agressor notificado no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), no período de 2010 a 2015. Trata-se de um estudo descritivo, do tipo transversal com base nos dados secundários obtidos pelo SINAN. A população foi composta por todas as mulheres em idade fértil que sofreram violência sexual, residentes no município de Porto Velho-RO. Este estudo atendeu aos aspectos éticos da Resolução 466/2012, conforme aprovado sob parecer nº 870.192 CEP/NUSAU/UNIR. No período estudado, houve 327 casos de violência sexual em mulheres, a agressão ocorreu no período noturno (23,86%), zona urbana (36,09%), na residência das vítimas (59,33%), por conhecidos (81,04%). Destes conhecidos 26,30% eram amigos ou namorado (22,63%), havendo outros episódios de violência (49,85%). O agressor não havia realizado uso de bebida alcoólica (45,32%), nem utilizado o uso da força física (47,09%). A agressão sexual predominante foi o coito vaginal (42,20%). Acredita-se que tais resultados possam incitar reflexões aos profissionais sobre a suas práticas, contribuindo com uma assistência digna, humanizada e integral. A partir disso, vê-se a importância de estabelecer uma rede de atenção a essas mulheres tanto para o tratamento dos agravos à saúde provenientes dessa violência quanto à recuperação das relações interpessoais, na autonomia e no empoderamento dessas mulheres. Palavras-chave: Violência sexual; Violência contra a mulher; Saúde pública
Referências: 1. Garcia LP. A magnitude invisível da violência contra a mulher. Epidemiol. Serv. Saude. 2016; 25(3):451-454. |