265 | Caracterização das notificações de AIDS em idosos brasileiros | Autores: Álvaro da Silva Santos (alvaroenf@hotmail.com) (Universidade Federal do Triângulo Mineiro) ; Rodrigo Eurípedes da Silveira ; (Universidade Federal do Triângulo Mineiro) ; Giovanna Gaudenci Nardelli (Universidade Federal do Triângulo Mineiro) ; Eliana Maria Gaudenci (Universidade Federal do Triângulo Mineiro) |
Resumo: INTRODUÇÃO: Diante do aumento na expectativa de vida da população brasileira, do aumento do número de pessoas contaminadas pelo HIV nas faixas etárias mais elevadas e dos poucos estudos, considera-se a importância de estudar tal temática. OBJETIVOS: Caracterizar os casos de AIDS em pessoas com 60 anos ou mais na região Sudeste entre 1984 e 2013. MÉTODOS: Estudo transversal, descritivo, realizado com base nos dados do Sistema de Informações sobre Agravos de Notificação (SINAN), disponibilizado online e de acesso público. Foram incluídas pessoas com 60 anos ou mais, e as variáveis: sexo, faixa etária, etnia, escolaridade e forma de contagio. A análise ocorreu através de frequências relativas e absolutas. RESULTADOS: Foram analisados 1793 idosos (59,4% dos casos), com maioria do sexo masculino (68,9%) de 60 a 69 anos. 43,2% possuíam ensino fundamental incompleto. 560 idosos eram de cor da pele branca e esta informação foi ignorada em 53,4% das fichas. A forma de contágio mais notificada foi a via heterossexual (45,4%), seguida da homossexual (9,0%), sendo 38 casos atribuídos à transfusão sanguínea nos primeiros anos considerados pelo estudo. Contudo houve 34,3% de incompletude das respostas. Houve acelerado crescimento de notificações após 1994, atingindo o ápice em 1997 (107 casos) e posteriormente mantendo-se com média de 80 novos casos/ano. CONCLUSÕES: Pode-se observar que a maioria dos casos foram de homens, heterossexuais, de baixa escolaridade e de cor branca. Destaca-se muitos dados ignorados. IMPLICAÇÕES PARA ENFERMAGEM: A AIDS é um assunto imprescindível de debate com os idosos, empoderando-os e tornando-os multiplicadores do conhecimento. O conhecimento epidemiológico em saúde, principalmente no aspecto gerontológico é um importante determinante para ações de saúde, por parte dos enfermeiros, principalmente na identificação de comportamentos de risco e da percepção de vulnerabilidades.
Referências: Ministério da Saúde (Br). Sistema de Informações sobre Agravos de Notificação (SINAN). Acesso em: 10.05.2017. Disponível em: http://sinan.saude.gov.br/sinan/login/login.jsf |