264 | NAVEGANDO POR RIOS DA AMAZÔNIA: ACESSO E ACESSIBILIDADE À SAÚDE NO ARQUIPÉLAGO DO COMBÚ E AS INTERFACES COM A TEORIA TRANSCULTURAL | Autores: William Dias Borges (williamdborges@gmail.com) (Universidade do Estado do Pará) ; Camila Neves Lima (Universidade do Estado do Pará) ; Erlon Gabriel Rego de Andrade (Universidade do Estado do Pará) ; Natália Cristina Costa dos Santos (Universidade do Estado do Pará) ; Rosinelle Janayna Coêlho Caldas (Universidade do Estado do Pará) ; Silvia Tavares de Amorim (Universidade do Estado do Pará) |
Resumo: Introdução: O acesso/acessibilidade à saúde é um direito, devendo o Estado garanti-lo satisfatoriamente. Para populações ribeirinhas, a Portaria nº 2.488/2011 instituiu normas de organização da Atenção Básica, visando atender às necessidades locais(1). Concordante com essa discussão, sabe-se que Madeleine Leininger propôs a Teoria Transcultural operacionalizada pelo Modelo Sunrise, que postula multifatores determinantes das expressões de cuidado/saúde(2). Objetivo: Relatar vivência de estudantes de Enfermagem em aula prática supervisionada na Unidade de Saúde da Família (USF) de uma comunidade ribeirinha de Belém-Pará. Metodologia: Estudo descritivo, abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência, elaborado a partir de aula prática de "Assistência de Enfermagem às Populações Tradicionais da Amazônia", na USF do Arquipélago do Combú, em março de 2016. Realizou-se roda de conversa com profissionais da Unidade, mediada pelo docente supervisor. Resultados: Verificou-se principais aspectos que determinam condições de vida e, especialmente, de acesso/acessibilidade à saúde da população residente. O arquipélago constitui-se de 6 microáreas, porém a USF localiza-se na microárea 1, distante das demais, dificultando o acesso de quem nestas residem. A inexistência de transporte fluvial público e de uma Equipe de Saúde da Família Fluvial (eSFF) intensifica esta limitação. Conclusões: Os dados evidenciam fatores tecnológicos e sociais, previstos no Modelo Sunrise, que influenciam a efetividade do serviço de saúde e, portanto, um obstáculo enfrentado pelos profissionais no atendimento a essa população. Contribuições para a Enfermagem: Compreender a realidade sociocultural e intervir sobre os aspectos que limitam o acesso/acessibilidade à saúde são atitudes imprescindíveis para o agir compromissado, sensível e ético do enfermeiro na construção de uma sociedade com democracia frente às diversidades e adversidades. Descritores: Estratégia Saúde da Família. Enfermagem Transcultural. Estudantes de Enfermagem.
Referências: Referências: 1. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011. 2. George JB, et al. Teorias de enfermagem: os fundamentos à prática profissional. 4ª ed. Porto Alegre: Artmed; 2000. |