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Anais :: 69° CBEn • ISSN: 2318-6518
Resumo: 238


238

ANÁLISE DA PREVALÊNCIA DA SÍFILIS CONGÊNITA EM UMA MATERNIDADE DA ZONA SUL DE TERESINA

Autores:
Sandra Marina Gonçalves Bezerra (sandramarina20@hotmail.com) (Universidade Estadual do Piauí) ; Taynnar Barbosa Ribeiro (Universidade Estadual do Piauí) ; Maria dos Milagres Barbosa de Resende (Universidade Estadual do Piauí) ; Raquel Rodrigues dos Santos (Fundação Municipal de Saúde) ; Alana Niege Meneses Damasceno (Fundação Municipal de Saúde) ; Lidya Tolstenko Nigueria (Universidade Federal do Piauí)

Resumo:
A sífilis congênita resulta da disseminação hematogênica do Treponema pallidum da gestante infectada não tratada ou inadequadamente tratada para o seu concepto, por via transplacentária ou no momento do parto. O presente trabalho objetivou avaliar a prevalência de sífilis congênita em uma maternidade localizada na zona sul de Teresina nos anos de 2015 e 2016; descrever o perfil sociodemográfico e obstétrico das gestantes cujos recém-nascidos tiveram sífilis congênita e o perfil clínico dos mesmos. Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo, descritivo com abordagem quantitativa, realizado nos meses de abril e maio de 2017 a partir dos dados disponíveis no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) da Fundação Municipal de Saúde de Teresina. Foram notificados 54 casos de sífilis congênita, representando 12,4% dos casos registados na rede pública de Teresina. A maioria das gestantes realizou pré-natal (70,37%), mas quase a metade (46,3%) tiveram diagnóstico tardio, o tratamento inadequado das gestantes (53,7%) e dos parceiros (74,07%) surgem como fator determinante. As condições no momento do nascimento dos neonatos detectados com sífilis mostram 50 (92,59%) nascidos vivos, 4 (7,41%) abortos, nenhum caso de natimorto ou óbito por conta da doença. A sífilis congênita é evento sentinela da assistência no pré-natal. Logo, o número de casos encontrados permite questionar a qualidade da atenção pré-natal disponível para essas gestantes e mostra a necessidade de desenvolver ações voltadas para o controle da sífilis congênita na capital e a educação permanente dos profissionais de saúde. Descritores: Sífilis congênita. Cuidado pré-natal. Vigilância epidemiológica.


Referências:
REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. Guia de Vigilância em Saúde. Brasília, 1. ed., 773 p., 2016. DOMINGUES, Rosa Maria Soares Madeira et al. Sífilis congênita: evento sentinela da qualidade da assistência pré-natal. Rev. Saúde Pública, São Paulo , v. 47, n. 1, p. 147-157, Feb. 2013.