235 | O CUIDADO INTENSIVO EM UNIDADES DE PACIENTES NÃO-CRÍTICOS: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE ENFERMEIROS RECÉM-FORMADOS | Autores: Rute de Oliveira Almeida (rutedaisy@yahoo.com.br) (Escola de Enfermagem Anna Nery - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Rafael Celestino da Silva (Escola de Enfermagem Anna Nery - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Márcia de Assunção Ferreira (Escola de Enfermagem Anna Nery - Universidade Federal do Rio de Janeiro) |
Resumo: Introdução: O cuidado ao paciente crítico vem sendo realizado fora do ambiente da terapia intensiva, o que resulta no contato de enfermeiros recém-formados com esses pacientes em outras unidades. Objetivo: Identificar as representações sociais de enfermeiros recém-formados sobre o cuidado intensivo prestado por enfermeiros em unidades de pacientes não-críticos. Método: Pesquisa de campo, descritiva, com aplicação da teoria das representações sociais. A investigação foi realizada com 26 enfermeiros recém-formados de uma universidade privada do Rio de Janeiro, que se submeteram a entrevista em profundidade com um roteiro semiestruturado. Os dados passaram por análise lexical com auxílio do software Alceste. Resultados: A análise lexical produziu um bloco de classes que remete à avaliação pelos recém-formados da sua formação na particularidade do cuidado intensivo pautada nas oportunidades que teve de realizar os procedimentos no campo prático. Assim, em face da sua inserção no mercado de trabalho se autoavalia com não estando pronto e, com isso, vivencia o sentimento de medo e insegurança em relação às demandas de cuidado. Para lidar com essa insegurança emergem as estratégias, que perpassam a busca pela qualificação através da especialização. Conclusões: As representações sociais construídas por recém-formados perpassam a construção do cuidado intensivo como um cuidado especializado instrumentalizado através da pós-graduação, pensamento reforçado no universo científico e que, ao ser reinterpretado por este grupo de pertença, passa a fazer parte das construções sociais destes sujeitos. Implicações para a enfermagem: Essa construção contribui para que a formação na graduação não atenda às novas exigências do cuidado intensivo, pois transfere-se para a especialização a responsabilidade por proporcionar experiências mínimas de aprendizagem que dêem conta das demandas do cuidado intensivo.
Referências: Lino MM, Calil AM. Teaching critical/intensive care in nursing education: a moment of reflection. Rev. Esc Enferm USP. 2008; 42(4): 777-83. |