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Anais :: 69° CBEn • ISSN: 2318-6518
Resumo: 228


228

O AGENDAMENTO DE HORÁRIOS E AS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: IMPLICAÇÕES PARA SEGURANÇA DO PACIENTE

Autores:
Rafael Celestino da Silva (rafaenfer@yahoo.com.br) (Escola de Enfermagem Anna Nery- Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Natalia da Palma Sobrinho (Escola de Enfermagem Anna Nery- Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Juliana Faria Campos (Escola de Enfermagem Anna Nery- Universidade Federal do Rio de Janeiro)

Resumo:
Introdução: O agendamento de horários realizado pelo enfermeiro pode favorecer a ocorrência de interações medicamentosas. Isto pode alterar o efeito dos medicamentos e implicar em danos ao paciente. Objetivos: Identificar as interações medicamentosas, considerando os horários estabelecidos pelo enfermeiro. Metodologia: Pesquisa de campo, quantitativa, recorte seccional e documental. A amostra foi de 99 prescrições das 48 horas de internação de pacientes com eventos cardiovasculares. Utilizou-se o software Micromedex para análise das interações e estatística descritiva para verificação de sua frequência e características. Resultados: A média de idade dos pacientes atendidos é 71,7 anos, a doença mais prevalente foi a insuficiência cardíaca com 22,2%. Sobre o agendamento de horários, o horário prevalente foi às 06h. No serviço diurno, os horários mais utilizados foram: 10h,12h e 18h e no serviço noturno: 20h, 22h e 06h. Os tipos de interações medicamentosas identificadas foram: leve (5,1%), moderada (28,3%) e grave (18,2%). Os horários prevalentes para ocorrência de interações medicamentosas grave foram às 18h e às 06h. A classe medicamentosa principal envolvida nas interações medicamentosas com dano grave são: os anti-hipertensivos e anti-agregantes plaquetários. Os pares medicamentosos prevalentes para a ocorrência de interação foi sinvastatina + anlodipino e enoxparina + clopidogrel. Conclusão: Observa-se pouca diversidade quanto ao uso de horários para administração de medicamentos, há uma relação entre a ocorrência de potenciais interações medicamentosas com dano grave e o agendamento realizado pelo enfermeiro. Implicações para a enfermagem: Conhecer os horários e os medicamentos envolvidos nas potenciais interações medicamentosas pode nortear novas práticas de cuidar e subsidiar intervenções seguras na terapia medicamentosa.


Referências:
MONTEIRO, S. C. M.; BELFORT, I. K. P; SOUSAL, W. R; BARROS, C. S; CAMPOS K. V. S. Estudo de potenciais interações medicamentosas em pacientes hipertensos. Infarma Ciências Farmacêuticas, v.27, n.2, p.117-125, 2015. SILVA, L. D. DE MATOS, G. C., BARRETO, B. G., ALBUQUERQUE, D. C. Aprazamento de medicamentos por enfermeiros em prescrições de hospital sentinela. Texto & Contexto Enfermagem, v. 22, n.3, p.722-730, 2013.