196 | Diagnóstico de Enfermagem Interação Social Prejudicada em usuários de um Centro de Atenção Psicossocial | Autores: Jaqueline Galdino Albuquerque Perrelli (jaquelinealbuquerque@hotmail.com) (Universidade Federal de Pernambuco) ; Andriely Silva de Oliveira (Universidade Federal de Pernambuco) ; Ivânia Maria dos Santos (Universidade Federal de Pernambuco) ; Alexciane Priscila da Silva (Universidade de Pernambuco) ; Suzana de Oliveira Mangueira (Universidade Federal de Pernambuco) ; Marilia Alves dos Santos Pereira (Universidade Federal de Pernambuco) |
Resumo: Introdução: A escassez de espaços de cultura e lazer nas comunidades são entraves à construção e/ou resgate de redes territoriais de produção de vida. Frequentemente, a participação de pessoas com transtornos mentais nos equipamentos sociais restringem-se a atividades religiosas e/ou à Unidade Básica de Saúde para cuidados de saúde. Além disso, os comportamentos não convencionais como falar sozinho e retraimento social são relatados por familiares como encargo difícil e complicado à convivência familiar. Objetivo: Identificar o diagnóstico de Enfermagem Interação Social Prejudicada em pacientes com transtornos mentais, conforme a taxonomia da NANDA I. Método: Estudo transversal com abordagem quantitativa realizado em um CAPS II localizado no interior de Pernambuco. A amostra foi composta por 31 pacientes. Os dados foram coletados no período de março a maio de 2017. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisas com seres humanos. Resultados: O diagnóstico de Enfermagem Interação Social Prejudicada foi encontrado em 93,5% dos participantes. Interação disfuncional com outras pessoas (87,1%), Desconforto em situações sociais (67,7%) e Insatisfação com o envolvimento social (12,9%) foram as características definidoras identificadas. Os fatores relacionados mais frequentes foram: Habilidade insuficiente para o fortalecimento da reciprocidade (74,2%) e Barreiras de comunicação (71,0%). Conclusão: As intervenções de Enfermagem devem priorizar os fatores limitantes da ressocialização, o fortalecimento das relações sociais do usuário, a inserção em atividades coletivas prazerosas, tais como rodas de diálogo, oficinas e/ou passeios a fim de melhorar a capacidade de comunicação e de reciprocidade nas relações sociais. Contribuições para a Enfermagem: O estudo disponibilizou resultados sobre a interação social dos usuários com familiares, amigos e coletividade, de modo geral. Dessa forma, a partir dos achados apresentados, o enfermeiro será capaz de definir com segurança a(s) intervenção(ões) mais apropriadas para o paciente com diagnóstico investigado. Descritores: Enfermagem; Diagnósticos de Enfermagem; Transtornos mentais.
Referências: 1. Moura ACMD, Moura MLB, Facundes VLD, Lima Filho IA, Maranhão LCA, Borges MJL. A relação entre sujeitos com transtorno mental e equipamentos sociais. Cad. Ter. Ocup. UFSCar. 2014; 22(2): 263-270. 2. Nascimento KC, Kolhs M, Mella S, Berra E, Olschowsky A , Guimarães AN. O desafio familiar no cuidado às pessoas acometidas por transtorno mental. Rev enferm UFPE online. 2016; 10(3): 940-948. 3. Herdman TH, Kamitsuru S. Diagnósticos de Enfermagem da NANDA: Definições e classificação - 2015-2017. 10 ed. Porto Alegre: Artmed; 2015. |