186 | Mandalas das Emoções como ferramenta para reconhecer sentimentos sobre a epilepsia | Autores: Gabriela Salim Spagnol (gabrielaspagnol21@hotmail.com) (Faculdade de Ciências Médicas - UNICAMP) ; Li Hui Ling (Espaço Cultural Pró-Ativo) ; Li Min Li (Faculdade de Ciências Médicas - UNICAMP) |
Resumo: Introdução: Na epilepsia, é frequente o relato de dificuldades emocionais tanto por parte dos pacientes como dos seus cuidadores, uma vez que estigma ainda é muito presente [1]. Neste sentido, as Mandalas das Emoções (ME) permitem a aplicação pela enfermeira de uma técnica para facilitar o reconhecimento de aspectos subjacentes dos sentimentos, permitindo elaborar mecanismos de resolução dos conflitos. Objetivo: avaliar os benefícios da técnica ME. Metodologia: estudo transversal, duplo cego, caso controle. Pacientes e acompanhantes foram recrutados em um ambulatório de neurologia, com a aprovação do Comitê de Ética e, após fornecer consentimento informado por escrito, foram divididos aleatoriamente em: "Controle" e "Intervenção". Ambos receberam as mesmas recomendações iniciais: "por favor, deite, relaxe e preste atenção à sua respiração". O protocolo de intervenção é dividido em duas etapas: primeiro, o passo "harmonização" consiste no relaxamento por 5 minutos e, depois, a mandala é aplicada de acordo com a emoção escolhida pelo participante, durante 10 minutos. Em seguida, a avaliação individual foi realizada cega para quem recebeu intervenção usando um questionário estruturado sobre o grau de relaxamento e sentimentos durante e após o experimento. Resultados: 89 voluntários participaram deste estudo, divididos em dois grupos: 44 participantes do grupo "controle" e 45 no grupo "intervenção". O teste de Fisher mostra uma diferença significativa no grau de relaxamento (p=0,03), despertar de emoções (p=0,003), despertar de lembranças associadas à epilepsia (p=0.01), maiores no grupo intervenção quando comparado ao controle, associados também ao relato de percepções durante o procedimento. Conclusão: quando enfrentam conflitos internos, os pacientes podem desenvolver um bloqueio na compreensão dos sentimentos, implicando diretamente na forma como expressam suas emoções, desejos e opiniões. Nesse projeto de doutorado, os resultados sugerem o potencial da ME de despertar emoções para mediar o reconhecimento dos sentimentos, contribuindo para o enfrentamento das condições impostas pela doença.
Referências: Referências: [1] Fernandes et al, Arq Neuropsiquiatr. 2007;65(1):35-42; [2] Ling H.L. Dialogando com as emoções e promovendo a saúde. Curitiba: Insight, 2013 |