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Anais :: 69° CBEn • ISSN: 2318-6518
Resumo: 160


160

FATORES DE RISCO PARA INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS ENTRE OS PRIVADOS DE LIBERDADE DE UM ESTABELECIMENTO PENAL EM MATO GROSSO DO SUL

Autores:
Bianca Soares da Silva (bsoaress96@gmail.com) (Faculdade Unigran Capital) ; Luciana Teixeira Braga (Faculdade Unigran Capital) ; Everton Ferreira Lemos (Faculdade Unigran Capital) ; Cátia Cristina Valadão Martins (Faculdade Unigran Capital) ; Janaína Michelle Oliveira Nascimento (Faculdade Unigran Capital) ; Vânia Paula Stolte Rodrigues (Faculdade Unigran Capital)

Resumo:
Introdução: As doenças sexualmente transmissíveis constituem um grande problema de saúde pública na atualidade e a falha na prevenção vem elevando cada vez mais sua incidência, sobretudo entre população privada de liberdade. Por mais que sejam doenças que atingem toda a população, os privados de liberdade são considerados de maior vulnerabilidade devido a dificuldade do acesso fácil a serviços de saúde. Objetivo: identificar os fatores de riscos para infecções sexualmente transmissíveis entre os prisioneiros de um estabelecimento penal de Mato Grosso do Sul, período de 2015 - 2016. Material e método: após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da UFMS, foi realizado um estudo exploratório transversal desenvolvido com 1090 prisioneiros, tendo como critério de seleção a adesão e assinatura do TCLE. Os dados foram coletados por meio de questionários que abordavam dados sociodemográficos e comportamentais, entre outras variáveis. Resultados e discussão: os detentos apresentam práticas sexuais de risco, como múltiplos parceiros, relações sexuais sem proteção, tatuagens feitas em sua maioria fora de estúdios profissionais e uso de drogas ilícitas. Este último é importante destacar o baixo uso de drogas injetáveis. O acesso a métodos para prevenção de IST é dificultado devido a própria condição de privação e liberdade e a comportamentos dos internos. Conclusão: a população privada de liberdade apresenta uma maior exposição a fatores de risco para IST, sobretudo devido à comportamentos de risco e a falta de métodos para prevenção. O estudo evidencia a necessidade de melhorar as estratégias para prevenção de infecções sexualmente transmissíveis, bem como de outras doenças previníveis, dentro do sistema prisional brasileiro. Descritores: População privada de liberdade, doenças sexualmente transmissíveis, população vulnerabilizada.


Referências:
STIEF, Alcione Cavalheiro Faro et al . Seroprevalence of hepatitis B virus infection and associated factors among prison inmates in state of Mato Grosso do Sul, Brazil. Rev. Soc. Bras. Med. Trop., Uberaba, v. 43, n. 5, Oct. 2010 .