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Anais :: 69° CBEn • ISSN: 2318-6518
Resumo: 157


157

GRUPOS FOCAIS COMO ESTRATÉGIA PARA CONSTRUÇÃO COLETIVA DO PROTOCOLO MUNICIPAL DE SÍFILIS DE CUIABÁ

Autores:
Audrey Moura Mota Gerônimo (audreymourag@gmail.com) (UFMT/FAEN) ; Liney Maria Araújo (HUJM/UFMT) ; Heloísa Maria Piero Cassiolato (UFMT/FAEN) ; Míriam Estela de Souza Freire (SES/MT) ; Giordan Magno da Silva Gerônimo (CESMAC/AL) ; Eva Clarice Abdo Grigoli (HUJM/UFMT)

Resumo:
Devido situação epidêmica de sífilis no Brasil, o Protocolo Municipal de Sífilis de Cuiabá foi demanda da rede de saúde. Buscou-se resposta à necessidade de organizar a assistência e fluxo de atendimento, embasada na realidade local para direcionar conduta profissional. Tratou-se de pesquisa descritiva, de abordagem qualitativa do tipo pesquisa-ação. A coleta de dados envolveu realização de grupo focal de caráter exploratório que estruturou diagnóstico da realidade. Participaram integrantes da rede municipal, estadual e federal. A análise dos dados seguiu Teoria Fundamentada. As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) são consideradas problema de saúde pública dada alta incidência. Causada pelo Treponella pallidum, bactéria gram-negativa do grupo das espiroquetas, de caráter sistêmico, curável e evolução crônica, exclusiva do ser humano, caracteriza-se pela presença de manifestações cutâneas temporárias. Sua contaminação se relaciona a comportamentos sexuais de risco, sem uso de preservativos e multiplicidade de parceiros. Como fatores que contribuem para ineficácia do diagnóstico precoce estão qualidade precária de assistência à saúde e locais de extrema pobreza. Para adequado diagnóstico devem ser utilizados teste treponêmico, associado a não treponêmico e para tratamento penicilina. Segundo dados somente do Serviço de Atendimento Especializado em ISTs, HIV/Aids e Hepatites virais de Cuiabá, partindo dos registros com diagnóstico reagente, só no 1º semestre de 2016, configura-se situação epidêmica, com aumento superior a 450% em relação a 2014-2015. Após aprovação do protocolo, avaliou-se a experiência como imensamente satisfatória, visando oferta de atenção integral para todos os cidadãos. Os desafios estão centrados em promover implantação do protocolo, garantindo continuidade da atuação da Enfermagem. Ações de Educação Permanente são essenciais para promover atualização no diagnóstico precoce e manejo da patologia. Muitos foram os entraves enfrentados, mas a superação apenas demonstrou que quando todos se envolvem, tende-se ao sucesso.


Referências:
BRASIL, República Federativa do. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis. Brasília: Ministério de Saúde, 2015. 120 p. CALDERÓN, A. M. Actualización: Sífilis en Medicina Legal. Medicina Legal de Costa Rica, 2011. v. 28, n. 1, p. 55-64. DÍEZ, M.; DÍAZ, A. Sexually transmitted infections: Epidemiology and control. Rev. Esp. Sanid. Penit., 2011. v. 13, p. 58-66. SOUZA, E. M. de. Há 100 anos, a descoberta do Treponema pallidum. An. Bras. Dermatol. Rio de Janeiro, 2005. v. 80, n. 5, p. 547-8. VOLCY, C. Sífilis: neologismos, impacto social y desarrollo de la investigación de su naturaleza y etiologia. IATREIA, 2014. v. 27, n. 1, p. 99-109. Descritores: Protocolo; Cuidados de Enfermagem; Sífilis.