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Anais :: 69° CBEn • ISSN: 2318-6518
Resumo: 152


152

O enfermeiro educador no cotidiano do trabalho

Autores:
Ana Lygia Pires Melaragno (analygiamelaragno@gmail.com) (Educare & Onco Treinamento e Desenvolvimento) ; Luisa Hiromi Tanaka (Universidade Federal de São Paulo) ; Isabel Cristina K. Olm da Cunha (Universidade Federal de São Paulo)

Resumo:
As Diretrizes Curriculares Nacionais enfatizam a educação como atividade do enfermeiro e preconizam a formação do enfermeiro-educador. Sendo assim é importante que o enfermeiro desenvolva estas competências e habilidades durante a sua formação. Neste trabalho tivemos como objetivo compreender o significado de ser educador, a relação com o cotidiano de trabalho e a formação profissional na perspectiva de enfermeiros egressos de uma Universidade Federal de São Paulo, que atuam em uma instituição especializada em oncologia pediátrica na mesma cidade.Trata-se de estudo exploratório, qualitativo, utilizando como referencial teórico metodológico o Interacionismo Simbólico. Os dados foram analisados, utilizando a Teoria Fundamentada nos Dados, identificando seis categorias: Formando um Enfermeiro-educador; Sendo Enfermeiro-educador; Dedicando-se a ser Enfermeiro-educador; Compreendendo as ações educacionais; Identificando modelos de Enfermeiro, equipe e instituição; Experimentando sentimentos de ser Enfermeiro-educador. O desenvolvimento de ser Enfermeiro-educador para os egressos durante a sua formação significou interagir com usuários na atenção básica, na Disciplina de Saúde Coletiva, apreenderam a importância da educação e foi importante para desenvolver esta prática em outros estágios. No hospital, perceberam que o Enfermeiro precisava interagir com pacientes e familiares da população pediátrica. O simbólico de ser educador era exercer o raciocínio clínico, cujo conhecimento integral da doença é imprescindível. A formação para a educação da equipe de Enfermagem foi percebida, no estágio de Administração em Enfermagem. Valorizar a instituição formadora e a retaguarda de um hospital universitário foi um diferencial para sua formação. Ser Enfermeiro- educador na Instituição pesquisada é motivo de satisfação e sentem-se referência ao paciente, família e equipe. As ações educacionais desenvolvidas pelos egressos consistiam em orientações sobre o cuidado de Enfermagem, autocuidado, cuidados domiciliares e interação interdisciplinar. O estudo aponta que o Enfermeiro necessita desenvolver habilidades educacionais desde a graduação para sentir-se mais seguro na atuação, sobretudo, nas instituições especializadas.


Referências:
1. Ministério da Educação e Cultura (BR). Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem. Brasília (DF): Ministério da Educação e Cultura; 2001. 2. Wendhausen A, Saupe R. Concepções de educação em saúde e a estratégia de saúde da família. Florianópolis: Texto Contexto Enferm. 2003; 12(1): 17-25. 3. Budó MLD, Saupe R. Conhecimentos populares e educação em saúde na formação do Enfermeiro. Rev. Bras. Enferm. 2004; 57(2): 165-9. 4. Guimarães GL. Enfermeiro-educador para ensino de graduação. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem, vol. 9, n° 2, agosto, 2005; p.255-260, Universidade Federal do Rio de Janeiro (RJ). 5. Tanaka LH. Efetividade do treinamento desenvolvido pelo graduando com a equipe de Enfermagem: incremento para as competências educacionais na formação e atuação profissional dos egressos-São Paulo. 2014; Tese pós-doutorado. Universidade Federal de São Paulo.