127 | Presença de aspectos que influenciam o desempenho do autocuidado em pacientes vivendo com HIV/aids | Autores: Rúbia Aguiar Alencar (rubia@fmb.unesp.br) (Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Medicina de Botucatu - Departamento de Enfermagem) ; Suely Itsuko Ciosak (Universidade de São Paulo - Escola de Enfermagem) ; Ana Beatriz Henrique Parenti (Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Medicina de Botucatu - Departamento de Enfermagem) ; Camila de Carvalho Lopes (Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Medicina de Botucatu - Departamento de Enfermagem) ; Mariana Alice de Oliveira Ignácio (Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Medicina de Botucatu - Departamento de Enfermagem) |
Resumo: O objetivo do presente estudo foi analisar aspectos relacionados ao aumento ou a diminuição dos déficits de autocuidado nos pacientes vivendo com HIV/aids (PVHA) atendidos em serviço de ambulatório especializado. Estudo transversal de caráter analítico no período de outubro de 2013 a junho de 2016, com 89 PVHA com idade maior ou igual a 18 anos, de ambos os sexos e que realizavam tratamento no ambulatório especializado há mais de 1 ano. As variáveis independentes e os desfechos foram coletados do instrumento da Consulta de Enfermagem que teve como referencial teórico a Teoria de Orem. A relação entre o escore de Autocuidado Universal com as variáveis sociais, emocionais e de saúde foi analisada por modelo de regressão múltiplo linear clássico com resposta normal. A análise da associação da chance de Autocuidado de Desenvolvimento e da chance do Autocuidado por Desvio de Saúde com as mesmas variáveis foi analisada por modelos de regressão logística múltipla. Associações foram consideradas estatisticamente significativas se p< 0,05. Estudo aprovado por comitê de ética. Encontrou-se que há evidencia que quanto maior a escolaridade do PVHA melhor será o desempenho de Autocuidado Universal (ß = 1,17 (0,29-2,05); p=0,009). No entanto, quando o paciente relata sentir tristeza e solidão existe evidência de que o desempenho de Autocuidado Universal seja menor (ß = -0,82 (-1,48 - -0,17); p=0,014). Quanto maior a idade do paciente menor foi a chance de realizar o Autocuidado de Desenvolvimento (OR=0,87 (0,79-0,95); p=0,002) e também o Autocuidado por Desvio de Saúde (OR=0,92 (0,85-1,00); p=0,050). Conclui-se que essas informações proporcionam a equipe de saúde a identificação de quais são os pacientes que necessitam da assistência da equipe multiprofissional, além de evidenciar o contexto de vida de cada indivíduo e o levantamento de suas necessidades e dos recursos que estes dispõem, favorecendo uma assistência individualizada que melhore o autocuidado.
Referências: 1. OREM, D.E. Nursing: concepts of practice. New York: McGraw-Hill; [s.n.] 1995. 2. Caetano JA, Pagliuca LMF. Autocuidado e o portador do HIV/AIDS: sistematização da assistência de enfermagem. Rev Latino-Am Enfermagem. 2006;14(3):336-45. |