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Anais :: 69° CBEn • ISSN: 2318-6518
Resumo: 121


121

MULHERES COM HIV/AIDS QUE FORAM GESTANTES E SUA PERCEPÇÃO AO USO DE ANTIRRETROVIRAIS

Autores:
Ridenia Cavalcante Pessoa (ridenia.pessoa@gmail.com) (Centro Universitário Monte Serrat - UNIMONTE) ; Rosa Maria Ferreiro Pinto (Centro Universitário Lusíada - UNILUS)

Resumo:
A adesão ao tratamento antirretroviral (TARV) por parte das gestantes é fundamental para evitar a transmissão vertical do vírus da imunodeficiência humana (HIV/Aids). Entender a percepção das gestantes ao tratamento também é uma importante questão, pois elas são partes preponderantes do ciclo de transmissão do vírus HIV. Este estudo tem como objetivo compreender a percepção do tratamento ARV por gestantes portadoras do HIV/Aids, delineando o perfil destas atendidas pelo serviço de saúde. Também buscou-se verificar os fatores que influenciam na adesão ao tratamento ARV, assim como identificar o nível de compreensão das gestantes portadoras de HIV/Aids em relação à doença. A pesquisa foi realizado por meio de entrevistas semiestruturas com dez gestantes atendidas no SECRAIDS (Seção Centro de Referência em Aids) em Santos/SP. O questionário aplicado continha questões referentes a doença e ao objeto de estudo, assim como dados socioeconômicos, para traçar um perfil mais completo destas mulheres. Dentre os dados mais significativos pode-se destacar: a faixa etária foi de 20 a 30 anos; 50% possuía um cônjuge; 80% tinham ensino médio completo/incompleto. Dos dez sujeitos desse estudo, oito receberam o diagnóstico durante o pré-natal, reforçando a obrigatoriedade deste teste e possibilitando o tratamento da gestante assim que diagnosticada a infecção. As mulheres possuíam um entendimento da Aids da mesma forma estigmatizante que circula na sociedade até os dias atuais apesar da cronicidade da mesma. A percepção das gestantes quanto ao uso do TARV baseou-se na importância do mesmo para a não transmissão do vírus para seu bebê, ou seja, aderiram ao tratamento, ainda que não tivessem todas as informações a respeito, porque o cuidado e o amor materno se sobrepuseram às suas motivações pessoais.


Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Boletim Epiodemiológico HIV/Aids.Brasília, 2015a. Disponível em: BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo clínico e diretrizes terapêutcias para prevenção da transmissão vertical de HIV, sífilis e hepatites virais.Brasília, 2015b. Disponível em: DA ROSA, M. C. et al. Evaluation of factors associated with vertical HIV-1 transmission. Jornal de Pediatria, v. 91, n. 6, p. 523-528, 2015. MINAYO, M. C. DE S. O Desafio do Conhecimento: Pesquisa Qualitativa em Saúde. 14a Edição ed. São Paulo: HUCITEC EDITORA, 2013. MOSCOVICI, S. Social influence and social change. 1a Edição ed. Londres: Academic Press, 1976.