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Anais :: 69° CBEn • ISSN: 2318-6518
Resumo: 114


114

Itinerário terapêutico de pacientes com tuberculose internados em hospital público de Recife: vulnerabilidades no controle da doença.

Autores:
Phelipe Gomes de Barros (phelipebarros@usp.br) (Departamento de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP) ; Maria Rita Bertolozzi (Departamento de Saúde Coletiva da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo - USP) ; Francisco Oscar de Siqueira França (Departamento de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP)

Resumo:
Introdução: A Tuberculose é associada aos determinantes sociais ocorrendo, com maior frequência, em populações com maior vulnerabilidade. Em 2016, o Brasil registrou aproximadamente 70.000 novos casos da doença, Pernambuco 7.234 e Recife 2.237. A taxa de mortalidade em Recife atinge 4,4/100.000 hab., dobro da nacional, 2,1, evidenciando dificuldades para seu controle. Itinerário Terapêutico é definido como período em que o doente apresenta o primeiro sinal/sintoma da doença até o estabelecimento do diagnóstico e tratamento correto, portanto as dificuldades encontradas, caracterizando-se como ferramenta para avaliação de programas de controle, revelando suas fragilidades. Objetivo: Identificar, através dos Itinerários Terapêuticos de pacientes internados por Tuberculose, as vulnerabilidades do programa de controle da doença. Metodologia: Trata-se de estudo transversal, quanti-qualitativo. Foram entrevistados 10 pacientes internados por tuberculose e elencadas variáveis relacionadas ao início dos sinais/sintomas, realização do diagnóstico e tratamento. Os dados foram coletados em entrevista semiestruturada entre dezembro de 2016 e abril de 2017 em um hospital público de Recife-PE, referência para Tuberculose. Resultados: Quanto à busca por cuidados desde os primeiros sintomas, passaram-se, em média, 22,5 dias; suspeição e realização da baciloscopia, 6,7, diagnóstico, 56,8; entre diagnóstico e início do tratamento, 8,7; os pacientes, 6 (60%) foram encaminhados para esclarecimento diagnóstico pelo enfermeiro. Quando perguntados se foram acompanhados pelo enfermeiro, 8 (80%) pacientes referiram que sim e 7 (70%) consideravam-se orientados pelo profissional quanto à sua doença/tratamento. Conclusão: O itinerário terapêutico, pode evidenciar dados úteis para a criação de estratégias por parte da equipe de enfermagem na abordagem ao doente. Além disso, serve de auxílio para o aperfeiçoamento de políticas para o controle da tuberculose pautadas nas vulnerabilidades do programa de controle da doença. Descritores: Tuberculose, Vulnerabilidade em Saúde, Enfermagem.


Referências:
World Health Organization. Global tuberculosis report 2016. Geneva; 2016.