106 | FATORES SOCIOECONÔMICOS RELACIONADOS À LEISHMANIOSE NO BRASIL | Autores: Nathália Caetano Barbosa Teixeira (nathaliacaetano20062@gmail.com) (Pontifícia Universidade Católica de Goiás) ; Silvio José de Queiroz (Pontifícia Universidade Católica de Goiás) ; Maria Madalena Del Duqui Lemes (Pontifícia Universidade Católica de Goiás) ; Larissa Silva Magalhães (Pontifícia Universidade Católica de Goiás) ; Déborah Evellyn Gomes da Silva (Pontifícia Universidade Católica de Goiás) ; Larissa Rodrigues de Almeida (Pontifícia Universidade Católica de Goiás) |
Resumo: Introdução: A leishmaniose é uma doença parasitária causada por protozoários do gênero Leishmania, veiculados ao homem pela picada de mosquitos flebotomíneos, com sintomatologia variável, diferenciando-se em leishmaniose visceral e tegumentar americana1. Tem se tornado uma preocupação sanitária, devido ao aumento significativo de sua ocorrência nos últimos anos, além de fatores socioeconômicos relacionados à propagação1,2. Objetivos: Descrever a distribuição da leishmaniose por microrregiões brasileiras e fatores socioeconômicos que influenciam em sua ocorrência. Metodologia: Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo, epidemiológico do tipo ecológico, realizado por meio de dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) de leishmaniose visceral e tegumentar americana, no período entre 2001 e 2015. Foram utilizados casos confirmados e excluídos os casos de não residentes no Brasil e de duplicidade. Por se tratar de dados de domínio público, o estudo dispensa a apreciação e aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: Foram registrados no período, 54.018 casos de leishmaniose visceral com destaque para a região Norte com 9.492 casos; Nordeste, 29.742; Sudeste, 9.914; Sul, 70; e Centro-Oeste, 4.800 casos. Quanto à leishmaniose tegumentar americana foram registrados 380.561 casos, região Norte com 155.296 casos; Nordeste, 120.891; Sudeste, 35.965; Sul, 8.756; e Centro-Oeste, 59.653. Conclusões: O estudo contribuiu para conhecer a ocorrência da leishmaniose no Brasil e os fatores socioeconômicos relacionados, como expansão demográfica, urbanização e moradias em locais vulneráveis com infraestrutura sanitária inadequada. A discussão leva à reflexão do que é feito como prevenção desses impactos à população brasileira. Contribuições ou implicações para a Enfermagem: O enfermeiro é o profissional apto a realizar intervenções junto às comunidades, como educação em saúde, utilizando como base a Política Nacional de Promoção de Saúde (PNPS), com o objetivo de reduzir os impactos aos grupos vulneráveis e promoção de ambientes saudáveis. Descritores: Leishmaniose. Doenças negligenciadas. Enfermagem em Saúde Comunitária
Referências: 1. ACADEMIA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS. Doenças negligenciadas. Rio de Janeiro, 2010, 58p. 2. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Trabalhando para superar o impacto global de doenças tropicais negligenciadas: Primeiro relatório da OMS sobre doenças tropicais negligenciadas. Genebra, 1ª ed, 2010, 188p. |