79 | VALIDAÇÃO DE CONTEÚDO DA VERSÃO ADAPTADA DA "ESCALA DE ADAPTAÇÃO A OSTOMIA DE ELIMINAÇÃO" (EAOE) | Autores: Lariza Martins Falcão (lariza@ufpi.edu.br) (Universidade Federal do Piauí) ; Amanda Delmondes de Brito Fontenele (Universidade Federal do Piauí) ; Grazielle Roberta Freitas da Silva (Universidade Federal do Piauí) ; Antonia Mauryane Lopes (Universidade Federal do Piauí) |
Resumo: Introdução: A confecção de um estoma altera significativamente a relação entre a pessoa e seu mundo social, sendo necessário conhecimentos sobre o seu problema de saúde, com ensino individual para que as ações de adaptação/autocuidado tenham sucesso. A utilização de instrumentos multidimensionais que avaliem o construto "adaptação do estomizado no Brasil" apresenta-se como um recurso valioso na avaliação do cuidado de enfermagem. Objetivo: adaptar culturalmente a EAOE para a língua portuguesa do Brasil e analisar a validade de conteúdo da versão adaptada do instrumento EAOE. Método: estudo do tipo metodológico, cujas etapas da adaptação cultural foram baseadas em Beaton et al (2007). Na primeira fase, a escala original foi adequada para o português brasileiro. Em seguida, as duas versões, original e adaptada, foram enviadas para sete especialistas avaliarem as equivalências semântica, idiomática, cultural e conceitual, obtendo-se, assim, uma nova versão, que foi submetida ao pré-teste com 30 estomizados, em seguida realizou-se a validação de conteúdo. Foram seguido todos aspectos éticos. Resultados: o coeficiente de validade de conteúdo da escala atingiu valores de 0,9 para os critérios: clareza de linguagem, pertinência prática e relevância teórica, e, para a categoria "dimensão". O kappa médio teve valor moderado (0,587). A dimensão "Aceitação negativa" foi considerada substancial para o nível de concordância, e "Interação sexual" se mostrou quase perfeito. Conclusão: a EAOE construída e validada originalmente em Portugal, foi adaptada culturalmente para uso no Brasil. Esta versão adaptada para o Brasil verificou as equivalências semântica, idiomática, cultural e conceitual obtidas por um comitê de especialistas em relação à versão original portuguesa e manteve bons índices de validade de conteúdo avaliados pelo comitê de juízes. Contribuição para a enfermagem: o estudo contribuirá na prática clínica e melhor avaliação dos aspectos da adaptação do paciente com estomias de eliminação.
Referências: MOTA, M.S. et al. Facilitadores do processo de transição para o autocuidado da pessoa com estoma: subsídios para Enfermagem. Rev Esc Enferm USP, v.49, n.1, 2015, p.82-8. SANTOS, V.L.C.G., CESARETTI, I.U.R. Assistência em estomaterapia: cuidando de pessoas com estomia. São Paulo: Editora Atheneu, 2015. SOUSA, C.F.; SANTOS, C.; GRAÇA, L.C.C. Construção e validação de uma escala de adaptação a ostomia de eliminação. Rev Enferm Referência, v.6, n.4, 2015, p.21-30. SOUZA, P.C.M. et al. As repercussões de viver com uma colostomia temporária nos corpos: individual, social e político. [Internet]. Rev Eletr Enf, v.13, n.1, 2011, p.50-9. |