61 | UTILIZAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS NO CUIDADO DA CRIANÇA QUILOMBOLA PELA FAMÍLIA | Autores: Ingrid Martins Leite Lúcio (ingridmll@esenfar.ufal.br) (Universidade Federal de Alagoas) ; Leticia de Oliveira Melo (Universidade Federal de Alagoas) ; Jovânia Marques de Oliveira E Silva (Universidade Federal de Alagoas) ; Maria Lysete de Assis Bastos (Universidade Federal de Alagoas) ; Ena Jatobá Santana (Universidade Federal de Alagoas) ; Luana Cavalcante Costa (Universidade Federal de Alagoas) |
Resumo: Introdução: A atenção à saúde da criança menor de 2 anos é reconhecida pelo Ministério da Saúde, e tem como proposta a proteção e o fomento do desenvolvimento integral. Nas comunidades quilombolas o cuidado à criança pode sofrer influência de fatores sociais, culturais e econômicos das famílias. Frente ao adoecimento o cuidado à criança ocorre comumente no ambiente domiciliar e com uso de plantas medicinais. Objetivo: Descrever o uso de plantas medicinais pela família no cuidado à criança quilombola. Metodologia: Estudo qualitativo extraído da dissertação: "Atenção à saúde da criança quilombola menor de 2 anos: saberes e práticas de cuidado à luz da teoria transcultural", apoiada na Etnoenfermagem e no referencial teórico da Teoria Transcultural de Madeleine Leininger, em comunidade quilombola de União dos Palmares-AL, com entrevista aos cuidadores das crianças menores de 2 anos dessa comunidade, de abril a julho de 2016, CEP n° 1.500.684. Resultado: Os familiares citaram 17 plantas dentre as quais: alho, alfavaca, espinho de oração, mussambê, chumbinho, maria chicão, erva-doce, hortelã, erva-cidreira, folha de laranja e rosa branca. Quanto ao preparo, predominou a infusão das folhas. Das plantas utilizadas apenas 3 estão na lista do Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos do Ministério da Saúde. Conclusão: Os familiares apoiam-se nos saberes populares e de curandeiras da comunidade, além da rede social de apoio dos amigos e unidade de saúde. O cuidado inicial ocorre no domicílio e a Teoria transcultural possibilita a oportunidade de ressignificar a prática de enfermagem aliando o saber científico ao saber popular. Contribuições para a enfermagem: A enfermagem para prestar um cuidado que seja culturalmente congruente deve buscar aprender sobre as diferentes culturas e conhecer o contexto no qual se inserem para tornar o cuidado de enfermagem significativo e benéfico, associando os conhecimentos do saber popular científico.
Referências: SALES, G.P.S.; ALBUQUERQUE, H.N.; CAVALCANTI, M.L.F. Estudo do uso de plantas medicinais pela comunidade quilombola Senhor do Bonfim - Areia-PB. Revista de Biologia e Ciências da Terra. Suplemento Especial - n. 1, 2009. FREITAS, Daniel Antunes et. al . Saúde e comunidades quilombolas: uma revisão da literatura. Rev. CEFAC, São Paulo, v. 13, n. 5, p. 937-943, Oct. 2011. MARQUES, A.S. et al. Atenção Primária e saúde materno-infantil: a percepção de cuidadores em uma comunidade rural quilombola. Ciênc. saúde coletiva, Fev 2014. |