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Anais :: 69° CBEn • ISSN: 2318-6518
Resumo: 58


58

Comparação do uso de psicofármacos entre idosos usuários do Sistema Único de Saúde e do Plano de Saúde Suplementar

Autores:
Graziela Maria Ferraz de Almeida (ga_graziela@hotmail.com) (Faculdade de Medicina de Marília (FAMEMA)) ; Maria José Sanches Marin (Faculdade de Medicina de Marília (FAMEMA)) ; Vanessa Clivelaro Bertassi Panes (Faculdade de Odontologia de Bauru - Universidade de São Paulo e Fundação Educacional do Município de Assis) ; Isabel Cristina Aparecida Stefano (Faculdade de Medicina de Marília (FAMEMA)) ; Elaine Cristina Salzedas Muniz (Faculdade de Medicina de Marília (FAMEMA))

Resumo:
Este trabalho visa comparar o uso de psicofármacos entre idosos que utilizam o Sistema Único de Saúde (SUS) e aqueles que utilizam o Plano de Saúde Suplementar (PSS). Estudo quantitativo e descritivo realizado a partir de entrevistas com idosos residentes no município de Marília, sendo: 239 idosos usuários do PSS e 111 usuários da Estratégia Saúde da Família. Foram coletados dados sócios demográficos, epidemiológicos e número total dos psicofármacos utilizados por eles. Entre os usuários do SUS (53%) possuem de 60 a 69 anos e 13% mais de 80 anos. A alta adesão ao uso de medicamentos dos usuários do PSS corresponde a 28% e média adesão a 51% média; ao passo que dos usuários do SUS 59% aderem. A maioria (68%) dos entrevistados do SUS não utiliza psicofármacos, ao passo que 58% dos entrevistados de PSS não usam. A maioria daqueles que utilizam, faz uso de apenas um psicofármaco (27% do SUS e 21% do PSS). O psicofármaco mais prescrito para PSS é Clonazepan (9%), para o SUS é amitriptilina e fluoxetina (ambas com 8%). Estes estão classificados como inapropriados de acordo com os critérios de Beers-Fick, pois possuem propriedades sedativas que podem aumentar a ocorrência de síncopes e quedas. Depreende-se que tanto os prescritores do SUS como do PSS devem buscar maior adequação na prescrição de medicamentos, embora os percentuais de inadequação nas prescrições não sejam tão elevados. Afinal, favorecer fatores adversos, como a queda nos idosos, é aumentar o risco de hospitalização, institucionalização, adição de gastos públicos ao cuidado e diminuição de qualidade de vida.


Referências:
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