50 | Associação do Transtorno bipolar e risco de suicídio: um estudo epidemiológico | Autores: Flaviane Maria Pereira Belo (flavi_belo@hotmail.com) (Universidade Federal de Alagoas) ; Patricia Maria da Silva Rodrigues (Universidade Federal de Alagoas) ; Maria Cicera dos Santos de Albuquerque (Universidade Federal de Alagoas) ; Willams Henrique da Costa Maynart (Universidade Federal de Alagoas) ; José Leandro Ramos de Lima (Universidade Federal de Alagoas) ; Luís Filipe Dias Bezerra (Universidade Federal de Alagoas) |
Resumo: Introdução: O transtorno bipolar (TB) é evidenciado quando há alterações no humor e nos níveis de atividade expressados pela pessoa, em que ocorre oscilações de humor, exaltação e diminuição, aumento ou redução de energia (WHO, 2010). Devido os sinais e sintomas do TB, o risco de suicídio ao longo da vida é 15 vezes maior em pessoas com TB, quando comparado a população geral (APA, 2014). Objetivos: estabelecer o perfil e a prevalência das pessoas com TB tipos I e II no bairro Benedito Bentes; e associação do TB, TB tipos I e II com o risco de suicídio. Metodologia: Estudo epidemiológico, observacional, descritivo e transversal. Local: bairro do Benedito Bentes, Maceió/AL. Amostra probabilística, aleatória por conglomerados, não estratificada, composta por 894 pessoas. Dados obtidos através de entrevistas utilizando o Formulário Epitransmental com os instrumentos: MINI International Neuropsychiatric Interview, Brazilian Version 5.0.0; e Escala de Ideação Suicida de Beck. Considerou-se intervalo de confiança de 95% e p < 0,05. Pesquisa aprovada pelo CEP da Ufal, número 608.613. Resultados: A prevalência de TB na amostra investigada foi de 14,4%. Quanto ao comportamento suicida, verificou-se que pessoas com TB apresentaram quatro vezes mais chances para risco de suicídio (OR: 4,15; IC: 2,80-6,16); tentativa de suicídio anterior e recente (OR: 3,52; IC: 2,18-5,69) e (OR: 3,60; IC: 1,82-7,13) respectivamente; e moderado a alto risco de suicídio (OR: 3,64; IC: 2,30-5,76) comparado a quem não tem TB. Conclusão: constatou-se alta prevalência de TB I e II nesta população, quando comparado as taxas apresentadas na literatura e elevado risco para o suicídio. Contribuições para a enfermagem: Conhecer a prevalência do TB e sua associação com o risco de suicídio possibilita ao enfermeiro adotar prevenção de suicídio junto as pessoas acometidas por TB, orientar a família, identificação precoce do grupo de risco e atuar na pósvensão.
Referências: APA. Associação Psiquiátrica Americana. Manual diagnóstico e estatístico de transtorno: DSM-5. Porto Alegre: Artmed, 2014. 948 p. WHO. World Health Organization. MI-GAP Manual de Intervenções: para transtornos mentais, neurológicos e por uso de álcool e outras drogas na rede de atenção básica à saúde. Programa de Ação Mundial em Saúde Mental. Versão 1.0. WHO, 2010. |