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Anais :: 69° CBEn • ISSN: 2318-6518
Resumo: 48


48

Associação do Transtorno bipolar com risco de suicídio: um estudo epidemiológico

Autores:
Flaviane Maria Pereira Belo (flavi_belo@hotmail.com) (Universidade Federal de Alagoas) ; Patricia Maria da Silva Rodrigues (Universidade Federal de Alagoas) ; Maria Cicera dos Santos de Albuquerque (Universidade Federal de Alagoas) ; Willams Henrique da Costa Maynart (Universidade Federal de Alagoas) ; José Leandro Ramos de Lima (Universidade Federal de Alagoas) ; Luís Filipe Dias Bezerra (Universidade Federal de Alagoas)

Resumo:
Introdução: O transtorno bipolar (TB) é evidenciado quando há alterações no humor e nos níveis de atividade expressados pela pessoa, em que ocorre oscilações de humor, exaltação e diminuição, aumento ou redução de energia (WHO, 2010). Devido os sinais e sintomas do TB, o risco de suicídio ao longo da vida é 15 vezes maior em pessoas com TB, quando comparado a população geral (APA, 2014). Objetivos: estabelecer o perfil e a prevalência das pessoas com TB tipos I e II no bairro Benedito Bentes; e associação do TB, TB tipos I e II com o risco de suicídio. Metodologia: Estudo epidemiológico, observacional, descritivo e transversal. Local: bairro do Benedito Bentes, Maceió/AL, Brasil. Amostra probabilística, aleatória por conglomerados, não estratificada, composta por 894 pessoas. Coleta de dados obtida por meio de entrevistas face a face, com o Formulário Epitransmental, disponível em Tablets, compilado dos instrumentos: MINI International Neuropsychiatric Interview, Brazilian Version 5.0.0; e Escala de Ideação Suicida de Beck. Considerou-se intervalo de confiança de 95% e p valor < 0,05. Pesquisa aprovada pelo CEP da Ufal, número 608.613. Resultados: Ao avaliar o comportamento suicida entre pessoas com TB, verificou-se que apresentaram quatro vezes mais chances para risco de suicídio; tentativa de suicídio anterior e recente; e moderado e alto risco de suicídio com relação a quem não tem TB. Conclusão: constatou-se uma alta prevalência de transtorno bipolar I e II nesta população, quando comparado as taxas apresentadas na literatura e elevado risco de suicídio. Contribuições ou implicações para a enfermagem: Tais informações apontam a condição de saúde da população do bairro, dando subsídio para que o enfermeiro planeje suas ações para assistir essas pessoas que por vezes não são compreendidas. Além de facilitar sua comunicação com outros profissionais e outros serviços visando o compartilhamento do cuidado dispensando a essas pessoas.


Referências:
APA. Associação Psiquiátrica Americana. Manual diagnóstico e estatístico de transtorno: DSM-5. Porto Alegre: Artmed, 2014. 948 p. WHO. World Health Organization. MI-GAP Manual de Intervenções: para transtornos mentais, neurológicos e por uso de álcool e outras drogas na rede de atenção básica à saúde. Programa de Ação Mundial em Saúde Mental. Versão 1.0. WHO, 2010.