36 | Prevalência de diabetes mellitus nos pacientes acometidos por acidente vascular encefálico atendidos em hospital de emergência | Autores: Eline Saraiva Silveira Araújo (elinesaraiva@superig.com.br) (Universidade Estadual do Ceará) ; Luara Abreu Vieira (Universidade Estadual do Ceará) ; Luciana Catunda Gomes de Menezes (Faculdade Metropolitana de Fortaleza.) ; Ariane Alves Barros (Universidade Estadual do Ceará) ; Natalia Daiana Lopes de Sousa (Universidade Estadual do Ceará) ; Maria Vilani Cavalcante Guedes (Universidade Estadual do Ceará) |
Resumo: O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é uma das doenças mais frequentes em serviços de emergência clínica. A elevada incidência decorre da transição demográfica e epidemiológica que acarretaram mudanças no perfil de morbimortalidade, com as doenças crônicas não transmissíveis (1). Objetivou-se identificar a prevalência de diabetes nos pacientes internados por acidente vascular encefálico. Realizou-se entrevista semiestruturada com pacientes acometidos por AVE internados em hospital terciário, em Fortaleza (CE) durante os meses de novembro e dezembro de 2016. Os 63 pacientes participantes do estudo, 20 (31,7%) tinham diabetes mellitus (DM), com média 2,2 anos de diagnóstico com desvio padrão de ± 4,2 anos, destes 14 (70,0%), realizavam tratamento com drogas hipoglicemiantes. Dos que faziam uso, 08 (57,2%) utilizam biguandinas, 04 (28,6%) com sulfanilureias, e 02 (14,2%) com insulina. Este dado, porém, diverge dos achados de alguns autores que encontraram pacientes acometidos por AVE, 42% eram portador de diabetes (2). De acordo com os estudos, o AVE manifesta-se em pacientes com DM em idade inferior a dos pacientes sem a doença, e as mulheres possuem maior risco. A presença de DM piora a evolução com o risco de recorrência, demência e a mortalidade aumentada (3). Conclui-se que enfermeiros devem desenvolver estratégias eficazes na prevenção e de controle do diabetes para que os pacientes tenham melhor qualidade de vida.
Referências: 1. Azevedo ECC, Diniz AS, Monteiro JS, Cabral PC. Padrão alimentar de risco para as doenças crônicas não transmissíveis e sua associação com a gordura corporal - uma revisão sistemática. Ciênc Saúde Coletiva. 2014;19(5):1447-58. 2. Lima CMG, Silva HPW, Souza PAS, Amaral TLM, Prado PR. Características epidemiológicas e clínicas dos pacientes acometidos por acidente vascular cerebral. J Health Sci Inst. 2015;33(1):45-9. 3. Stegmayr B, Asplund K. Diabetes as a risk factor for stroke. A population perspective. Diabetologia. 2009; 38(9):1061-68. |