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Anais :: 69° CBEn • ISSN: 2318-6518
Resumo: 8


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Ações educacionais em Oncologia Pediátrica: sentimentos do enfermeiro como ator principal

Autores:
Ana Lygia Pires Melaragno (analygiamelaragno@gmail.com) (Educare & Onco Treinamento e Desenvolvimento) ; Luisa Hiromi Tanaka (Universidade Federal de São Paulo) ; Isabel Cristina K. Olm da Cunha (Universidade Federal de São Paulo)

Resumo:
Introdução: A educação de pacientes, familiares e equipe compõe o processo de trabalho do enfermeiro. Na oncologia pediátrica, envolve portadores de doenças graves com tratamentos complexos exigindo que o profissional tenha conhecimentos sobre estratégias para ensinar e acompanhar os resultados. O enfermeiro desempenha os papéis de articulador entre a equipe interdisciplinar, de referência para a família e paciente e também deve estar supervisionando e capacitando sua equipe frequentemente. Neste trabalho vamos relatar sentimentos de enfermeiros com relação ao seu papel como educador. Trata-se de um recorte de pesquisa cujo objetivo foi estudar o papel do enfermeiro como educador no cotidiano de trabalho. Um estudo exploratório, qualitativo, utilizando como referencial teórico metodológico o Interacionismo Simbólico. A análise de dados ocorreu através da Teoria Fundamentada nos Dados. Os entrevistados expressaram os sentimentos vividos como enfermeiros educadores. Compreendem que desenvolvendo ações educacionais, obtiveram reconhecimento profissional por parte da equipe, de outros profissionais, de pacientes e familiares e sentiram-se mais motivados e seguros. Expressaram sentimentos por três vertentes: sentindo-se reconhecida, motivada e segura; tornando-se referência; sentindo-se insegura. Interagir com a equipe interdisciplinar significou troca de conhecimento e a contribuição de diferentes áreas para a melhoria da assistência. Compreenderam que a interação beneficia o paciente e sua família com ações coletivas envolvendo outros profissionais. O reconhecimento e valorização por outros membros da equipe é motivo de satisfação e motivação pessoal. O simbólico de ser educador proporcionou uma visibilidade maior de seu trabalho dentro da instituição, sobretudo, para profissionais da equipe, familiares e pacientes. Mas a visão dos gestores sobre o papel do Enfermeiro-educador é motivo de preocupação, pois, temem não ter sua importância reconhecida. Mais uma vez vemos que a complexidade do cuidado exige que o Enfermeiro dedique um tempo maior para que haja a compreensão, quer seja do paciente, família ou da própria equipe.


Referências:
1. Guimarães GL. Enfermeiro-educador para ensino de graduação. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem, vol. 9, n° 2, agosto, 2005; p.255-260, Universidade Federal do Rio de Janeiro (RJ). 2. Tanaka LH. Efetividade do treinamento desenvolvido pelo graduando com a equipe de Enfermagem: incremento para as competências educacionais na formação e atuação profissional dos egressos-São Paulo. 2014; Tese pós-doutorado. Universidade Federal de São Paulo. 3. Corbellini VL, Santos BRL, Ojeda, BS, Gehart, LM, Eidt OR, Stein SC, Mello DT. Nexos e desafios na formação profissional do Enfermeiro. Rev.Bras. Enferm. Brasília; 2010; jul-ago; 63(4): 555-60. 4. Chung Y, Hwang H. Education for homecare patients with leukemia following a cycle of chemotherapy: an exploratory pilot study. Oncology Nursing Forum, Sept-Oct, 2008, Vol.35(5), p.E83(7). 5. Wilson FL, Mood D, Nordstrom CK. The influence of easy-to-read pamphlets about self-care management of radiation side effects on patients´ knowledge. Oncology nursing forum, November; 2010; Vol.37(6), pp.774-81.