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1472 | Perfil dos usuários de um Centro de Atenção Psicossocial II de Porto Alegre. | Autores: Jaqueline Ramires Ipuchima () ; Helena Abadie Moraes (Hospital de Clínicas de Porto Alegre) ; Ezequiel Teixeira Andreotti (Escola de Educação profissional Senac - PassoD´Areia) |
Resumo: Introdução: O Sistema Único de Saúde (SUS) preconiza um modelo de atenção à saúde que tem como princípios a universalidade, integralidade, equidade, resolubilidade, intersetorialidade, humanização do atendimento e participação social. Assim, o cenário atual brasileiro fomenta a necessidade de que os profissionais integrem as dimensões biopsicossociais em suas práticas de cuidado. Para o desenvolvimento do modelo preconizado, na Saúde Mental, houve a criação dos modelos substitutivos aos modelos manicomiais, como exemplo, temos os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Objetivo: O presente trabalho tem por objetivo caracterizar os usuários de um CAPS II, localizado em Porto Alegre, a fim de conhecer a clientela assistida por este serviço e, auxiliar em um processo futuro de aprimoramento dos recursos ofertados neste ambiente. Métodos: Para a coleta dos dados realizou-se uma pesquisa documental com abordagem quantitativa, de natureza descritiva, a partir dos prontuários de todos os usuários que frequentavam as oficinas de um CAPS no mês de maio de 216. Foram coletadas informações de gênero, idade, psicopatologia e tempo de permanência no serviço de 59 prontuários. Resultados: Dos 59 usuários avaliados, com idade entre 18 e 68 anos, sem predominância de nenhuma faixa etária, 61% dos usuários eram sexo masculino. 61% dos usuários não haviam concluído o primeiro grau. 42,3% estavam frequentando o serviço há menos de 1 ano; 22% há 3 a 4 anos e 5% há 9 anos ou mais. Quanto a psicopatologia, de acordo com a Classificação Internacional de Doenças – 1a revisão (CID – 1), encontraram-se 49,2% dos usuários no grupo F2 (esquizofrenias, transtornos esquizotípicos e transtornos delirantes) 28,8% F3 (transtornos do humor - afetivos); e 5% no grupo F4 (transtornos neuróticos, transtornos relacionados com o estresse e transtornos somatoformes). Não informados ou sem diagnóstico definido foram 17%. Conclusões: Com o levantamento desses dados podemos observar a heterogeneidade dos usuários assistidos pelo serviço. Conhecendo melhor o usuário podemos repensar a atenção psicossocial com olhar ampliado e cuidado integral, verificando se a proposta da reforma psiquiátrica está sendo realizada nestes serviços, pois esta proposta é um contínuo processo de pensar as práticas e recriá-las, desenvolvendo um trabalho de potencialização dos serviços através da reorganização de grupos, oficinas e projeto terapêutico singular. |